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Domingo - 01 de Outubro de 2006 às 17:34

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Os familiares dos passageiros do vôo 1907 da Gol, que caiu na última sexta-feira (29) em uma área de mato fechado em Mato Grosso, divulgaram uma carta neste domingo para cobrar das autoridades "uma posição mais clara e imediata da situação real do acidente". O avião transportava 149 passageiros e seis tripulantes e há poucas chances de que sobreviventes sejam encontrados. É o pior acidente da história do país.

Na nota, parentes afirmam que querem uma audiência com o ministro da Defesa, Waldir Pires. "O momento é de dor e sofrimento para todos os familiares, mas não podemos deixar de pensar em resolver as questões práticas que envolveram um acidente dessa natureza", afirmam os familiares no documento, assinado por sete dos familiares.

O Boeing da Gol havia saído de Manaus com destino ao Rio e deveria fazer uma escala em Brasília. Ele perdeu contato por volta das 17h de sexta, após um incidente não esclarecido com o jato executivo Legacy, fabricado pela Embraer --que conseguiu pousar na base aérea da serra do Cachimbo.

Os destroços do avião foram encontrados por volta das 9h de sábado, em uma área de mata muito fechada, a 200 km do município de Peixoto de Azevedo (MT).

O presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Milton Zuanazzi, disse que a possibilidade de as equipes de resgate encontrarem sobreviventes é pequena. "A expectativa está ficando menor."

Os trabalhos de resgate foram retomados na manhã deste domingo. Com a dificuldade de atravessar a mata a pé, dois militares foram lançados de pára-quedas e outros desceram de helicópteros por meio de rapel para buscar sobreviventes. Índios caiapós também ajudam na busca.

Investigação

A caixa-preta do Legacy seguiu neste domingo para análise em São José dos Campos (SP). Segundo o presidente da Anac, apenas a análise da caixa-preta pode dar um "acabamento" melhor para se chegar às causas do acidente.

Os pilotos, que são americanos, disseram em depoimento não ter visto o Boeing. "Viram uma sombra e [ouviram] um barulho", disse Zuanazzi. Para ele, o fato pode ser justificado pela velocidade das duas aeronaves no momento da colisão.





Fonte: Folha Online

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