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Internacional
Sábado - 30 de Setembro de 2006 às 15:30

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O presidente paquistanês, Pervez Musharraf, afirmou neste sábado que seu país continua sendo "o principal aliado" dos ocidentais na guerra contra o terrorismo e que, sem o Paquistão, advertiu, os ocidentais não conseguirão nada.

Numa entrevista à rádio BBC, Musharraf foi interrogado sobre sua opinião diante das acusações de que o Paquistão não é um bom aliado na luta contra o terrorismo internacional devido aos vínculos entre os grupos radicais e seu país.

"Vocês terão de se ajoelhar se o Paquistão não cooperar com vocês. Isto é tudo o que posso lhes dizer (...). O Paquistão é o aliado principal. Se nós não estivéssemos com vocês, vocês não conseguiriam nada. Temos que deixar isto claro", insistiu.

"E se o ISI (o Serviço de Inteligência Paquistanês) não os apoiar, vocês fracassarão. Isso também tem que ficar claro. Lembrem minhas palavras: se o ISI não está com vocês, o Paquistão também não está. Vocês perderão o Afeganistão", advertiu.

Musharraf gravou esta entrevista depois de se reunir com o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, na quinta-feira em Londres.

Esta entrevista ocorreu depois da divulgação de um informe de um grupo de especialistas segundo o qual o ISI respaldava diretamente os terroristas no Afeganistão, Iraque e Reino Unido, apoiando a coalizão MNA de partidos religiosos paquistaneses.

Pervez Musharraf, que assumiu o poder num golpe de Estado em 1999, desmentiu estas acusações, apresentadas por um alto oficial vinculado ao serviço de inteligência britânico, o MI6, depois de uma missão investigadora realizada em seu país em junho.

O presidente paquistanês aceitou as afirmações de Tony Blair de que esse documento não refletia a opinião do governo britânico.

Pouco depois de esta entrevista ser difundida, a polícia da Índia acusou o ISI e o Lashkar-e-Taiba, um grupo pró-Paquistão proscrito, dos atentados a bomba do dia 11 de julho em Mumbai, que deixaram 186 mortos e mais de 800 feridos. O Paquistão negou seu envolvimento nestes ataques.





Fonte: AFP

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