Homem ligou para casa de Ubiratan pouco após o crime
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) pretende agora descobrir quem é o dono da voz para que a conclusão do inquérito seja feita com o máximo de detalhes possível. O departamento quer saber se a pessoa é simplesmente uma testemunha ou também teria participado de um plano para matar o coronel ou mesmo para ajudar a ocultar vestígios no apartamento.
O Departamento de Homicídios também recebeu documento atestando que o identificador de chamadas (bina) instalado no apartamento do coronel teve números apagados. Uma blusa da advogada Carla Cepollina, entregue ao Instituto de Criminalística, não era a mesma utilizada por ela no dia do crime , segundo levantamento pericial. Ela era namorada de Ubiratan e foi indiciada pela polícia, que a considera autora do assassinato. As apurações policiais — baseadas no horário aproximado da morte da vítima e de alguns telefonemas feitos do apartamento, e depoimentos de testemunhas — praticamente colocam Carla no local do crime no momento em que o coronel foi morto.
Na última terça-feira, o delegado da Divisão de Homicídios Armado Costa Filho já dizia que o caso estava "100% esclarecido".
O coronel Ubiratan Guimarães, que era candidato a reeleição para deputado estadual, foi morto com um tiro na barriga no dia 9 de setembro, na sala de seu apartamento, localizado nos Jardins, bairro nobre da Capital. Seu corpo foi encontrado somente no dia seguinte, nu, envolto em uma toalha de banho.
Desde o início, a polícia já indicava Carla como a única suspeita. A Promotoria Pública, inclusive, já informou também que irá oferecer denúncia à Justiça contra Carla. Na próxima semana, todos os laudos devem ser entregues à polícia, que deve encerrar e relatar o inquérito. Apesar de ser indiciada pela polícia, Carla continua negando veementemente ser autora do tiro que matou Ubiratan.
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