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Nacional
Sábado - 30 de Setembro de 2006 às 05:35

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A Força Aérea Brasileira (FAB) mantém as buscas pelo avião da Gol que transportava 155 pessoas e desapareceu do radar quando sobrevoava o sul do Pará na sexta-feira. O Boeing 737-800 deixou Manaus às 15h35 (horário de Brasília) com destino ao aeroporto internacional do Rio de Janeiro.

"Continuaremos com a busca eletrônica, até que chegue o dia. Quando chegar o dia, esperamos que helicópteros tenham chegado ao local, de modo que com a busca visual vai ser mais fácil identificarmos tudo isso", disse o ministro da Defesa, Waldir Pires, à TV Bandeirantes.

A Gol divulgou nesta madrugada a lista dos passageiros que embarcaram no vôo 1907. A relação está disponível no site www.voegol.com.br.

Em nota conjunta, a Infraero, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica informaram que novas aeronaves deverão ser incorporadas às cinco que estão fazendo buscas na região de divisa do Pará com o Mato Grosso. A nota também informa que cinco funcionários da Anac do setor de investigação de acidentes se deslocaram para a região.

O prefeito de Matupá (no norte do Mato Grosso), Valter Mioto, disse à Reuters ter informações de que o avião caiu no município de Peixoto de Azevedo (MT), mas a informação ainda não foi confirmada oficialmente.

"Pelas informações que nós temos, o avião caiu na fazenda Jarinã, na (rodovia) MT 322", disse Mioto à Reuters por telefone. "Os hospitais da região estão todos de prontidão a pedido da FAB para atender feridos", afirmou o prefeito. Segundo ele, a sede de município mais próxima à fazenda é Matupá, a 180 quilômetros de distância.

A FAB perdeu o contato com o vôo 1907 da Gol às 16h48, quando o avião sobrevoava a região sul do Pará, nas proximidades da cidade de São Félix do Xingu. Moradores de São Felix disseram ter visto um avião de grande porte voando baixo.

COLISÃO

Mais cedo, na sexta-feira, o presidente da Infraero, José Carlos Pereira, disse em entrevista à rádio CBN que o avião sumiu do radar depois de um choque com um avião menor, um jato executivo Legacy, fabricado pela Embraer, que, apesar de ter sofrido avarias, conseguiu pousar na Serra do Cachimbo, no sul do Pará.

O ministro da Defesa acrescentou que, embora não haja confirmação oficial de uma colisão do Boeing da Gol com o Legacy, os primeiros depoimentos do piloto desse jato sugerem que houve um choque.

"O primeiro testemunho que nós temos do piloto (do Legacy) que está na base aérea de (serra do Cachimbo), é que ele praticamente não viu o avião, quando viu foi já uma sombra... e pressentiu o choque, no qual ele perdeu uma parte da asa", disse.

Já na madrugada de sábado, uma porta-voz da Infraero afirmou à Reuters por telefone que ainda não há informações sobre o que aconteceu com o avião da Gol.

A Embraer colocou-se à disposição das autoridades da aviação para cooperar nas investigações e informou que uma equipe de técnicos da empresa se prepara para viajar à região.

A Gol divulgou que o avião transportava 149 passageiros e seis tripulantes e que a aeronave foi recebida nova do fabricante no último dia 12 de setembro e tem apenas 200 horas de vôo.

Cerca de 200 pessoas buscaram informações sobre o vôo na sede da Infraero em Brasília.

A Gol disponibilizou médicos e psicólogos para os familiares dos passageiros e, após a divulgação da lista de pessoas que estavam na aeronave desaparecida, levou os parentes a um hotel na região central da capital federal. A empresa também divulgou um número de telefone para dar informações aos parentes dos passageiros (0800-2800-749).

A Infraero informou que entre as pessoas no vôo estavam três de seus funcionários, dois técnicos da Radiobrás e servidores do Ministério da Aeronáutica e familiares deles.





Fonte: Reuters

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