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Nacional
Sábado - 30 de Setembro de 2006 às 00:06

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As autoridades ainda tentam localizar um Boeing 737 da Gol, com cerca de 150 pessoas a bordo, que desapareceu dos radares após uma colisão em pleno vôo com um pequeno avião Legacy, segundo fontes oficiais.

O acidente, informou a Infraero, aconteceu às 16h48, quando o Boeing desapareceu dos radares.

O avião tinha partido da cidade de Boa Vista, seguindo até Manaus, de onde decolou em direção a Brasília, sua última escala antes de chegar ao Rio de Janeiro, mas não chegou à capital.

O presidente da Infraero, José Carlos Pereira, informou que o Boeing da Gol colidiu no ar com um avião Legacy com matrícula dos Estados Unidos, que conseguiu aterrissar numa densa região de floresta apesar dos danos severos numa de suas asas.

Fontes oficiais disseram que foi o próprio piloto do Legacy, cujo nome não foi informado, quem avisou às autoridades da colisão. O acidente ocorreu a cerca de 200 quilômetros ao sul da cidade de São Félix do Xingu, na Serra do Cachimbo, sul do Pará.

Numa nota conjunta, a companhia aérea, a Agência Nacional de Aviação Civil e a Infraero disseram que o vôo 1907 transportava "cerca de 150 pessoas".

O avião tinha decolado de Manaus às 14h30 e faria escala em Brasília, de onde deveria partir em direção ao Rio de Janeiro às 18h10.

Fontes oficiais disseram à Efe que a maioria dos passageiros devia descer em Brasília e que somente sete continuariam rumo ao Rio de Janeiro, com mais cerca de 70 pessoas que deviam embarcar na capital.

Segundo o presidente da Infraero, cinco aviões de resgate foram enviados à zona do possível desastre em busca de pedidos de socorro ou sinais do Boeing.

"O que temos até o momento é a confirmação de uma colisão em vôo", declarou Pereira a jornalistas.

A Gol disse à Efe que não era possível confirmar quantas pessoas estavam a bordo no momento do desaparecimento. O Boeing 737 tem capacidade para 155 passageiros, mas não se sabe se depois da primeira escala ele estava completamente cheio.

"Não há confirmação da aterrissagem do vôo. Aguardamos informação das autoridades", diz uma declaração oficial da companhia aérea, divulgada horas depois do acidente.

O presidente da Infraero mantém esperanças de achar sobreviventes. "Em aviação acontecem coisas incríveis", disse, admitindo uma possível aterrissagem de emergência, apesar das dificuldades da região.

Pereira disse também que um fazendeiro do sul do Pará, onde aparentemente teria caído o Boeing, viu um avião de grande porte que voava muito baixo, perto da Serra do Cachimbo, no sul do estado.

O momento em que o fazendeiro viu ao avião em vôo rasante coincide com a hora da colisão no ar, um dado que aumentou a preocupação entre as autoridades.

Uma mulher disse à Efe que recebeu uma ligação do telefone celular de um parente, que ela ia buscar no aeroporto de Brasília.

"Estava desesperado, gritava, e então a comunicação caiu", disse, entre soluços.

A mulher contou que recebeu o telefonema por volta das 16h45, mais ou menos a hora em que, segundo as autoridades, aconteceu o acidente.





Fonte: EFE

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