Inscrições para cotistas devem ser feitas até o dia 15 de outubro

As inscrições para o Vestibular 2007/1 para candidatos que desejam concorrer pelo programa de cotas da Unemat podem ser efetuadas até o dia 06 de outubro nos postos autorizados ou pela internet, até o dia 15 de outubro de 2006.

A Unemat reserva 25% das vagas oferecidas em todos os cursos a candidatos negros, que se auto-declaram pretos ou pardos no ato da inscrição, conforme classificação adotada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O modelo de auto-declaração encontra-se disponibilizado no anexo 7 do edital do Vestibular, disponível no site da Unemat.

O programa de Cotas da Unemat, denominado PIIER (Programa de Integração e inclusão étnico-racial), tem características que o diferenciam de políticas afirmativas adotadas em outras universidades. Tem particularidades, como:

∙ O percentual destinado às cotas. 25% das vagas abertas em todos os cursos de graduação são reservadas a negros, uma das maiores margens do país.

∙ Este percentual é piso, não teto. Quer dizer: se o estudante que optou pelo PIIER obtém nota que possibilite ser aprovado no vestibular sem ser pelas cotas, ele não soma às vagas dos cotistas.

∙ O método adotado é de auto-declaração. O próprio candidato que se considera e declara preto ou pardo.

∙ O critério não leva em conta a afro-descendência, mas a condição do próprio candidato. "O histórico de discriminação racial no Brasil mostra que o preconceito é sobre cada pessoa, não sobre sua ascendência", explica Paulo Alberto dos Santos Vieira, coordenador do NEGRA, núcleo responsável pela política de cotas na Unemat.

∙ Outro ponto, é que o Programa de inclusão étnico-racial da Universidade é fruto da democracia interna e autonomia universitária, pois seu formato foi amplamente discutido e aprovado pelo Consuni (Conselho Universitário)- órgão máximo dentro da Instituição.

As cotas foram adotadas pela Unemat no Vestibular 2005/2. Entretanto, de acordo com o coordenador Paulo Alberto, a Universidade começou a pensar na construção e institucionalização de ações afirmativas voltadas à inclusão étnico-racial em 2004, com a Comissão Cores e Saberes.