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Internacional
Sexta - 29 de Setembro de 2006 às 11:34

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O Programa Mundial de Alimentos (PMA) das Nações Unidas pediu hoje US$ 350 milhões até o final de 2006 para ajudar 6,1 milhões de pessoas no Sudão e advertiu que, se não receber rapidamente novos fundos, as reservas de alimentos para o país se esgotarão em janeiro de 2007.

"Já há alguns mantimentos faltando, como óleo e ervilhas, e por isso os sudaneses só recebem pouco mais de 80% desse tipo de alimentos", explicou hoje o porta-voz da organização, Simon Pluess, em entrevista coletiva em Genebra.

Estes fundos permitirão à organização humanitária continuar com a distribuição de alimentos entre os sudaneses, tanto os que estão na província noroeste de Darfur como os que vivem em outras regiões do país, até o fim do ano.

O PMA também poderá fazer reservas de alimentos para se preparar para a próxima temporada de chuvas, que deve começar em maio de 2007 e durante a qual os organismos internacionais não conseguem distribuir a ajuda à população. Pluess insistiu na importância de que a comunidade internacional doe fundos o mais rápido possível devido ao fato de que "às vezes transcorre seis meses entre o momento em que um Governo decide realizar uma doação e quando a população recebe os alimentos".

Quanto à segurança no país, Pluess disse que "está piorando a cada dia" e inclusive é "muito pior" que antes do acordo de paz de Darfur, assinado pelo Governo sudanês e pelo grupo do Movimento de Libertação do Sudão em maio.

A deterioração da situação é ainda maior no norte de Darfur, onde há alguns grupos que não assinaram o tratado.

A insegurança existente em Darfur, a região sudanesa mais conflituosa, não só coloca em perigo a vida dos sudaneses mas também afeta a ajuda internacional, segundo o porta-voz. Pluess lamentou a morte de 12 trabalhadores humanitários na região nos últimos quatro meses.

"Cerca de 3 milhões de pessoas dependem da ajuda internacional, mas ter acesso a elas é muito difícil, muitas vezes é difícil viajar pelas estradas e muitas áreas só são acessíveis por helicóptero", ressaltou.




Fonte: EFE

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