Oca recebe 700 obras do acervo do MAM
Tadeu Chiarelli, Cauê Alves e Felipe Chaimovich assinam a curadoria da mostra, que foi pensada conceitualmente em conjunto, mas que teve uma "divisão de trabalho". Chiarelli responde pela organização do subsolo, Alves encampou o térreo, Chaimovich tocou o espaço expositivo do primeiro andar. O segundo pavimento ficou a cargo dos três. Daniela Thomas e Felipe Tassara assinam o planejamento espacial da coletiva.
Em trabalhos que tiveram início em abril, o triunvirato selecionou cerca de 700 obras das mais de 4.500 que há na coleção do MAM, formada sobretudo por peças produzidas a partir dos anos 50. Chaimovich conta que os três chegaram, num primeiro momento, a 1.200 criações, mas o número da antologia teve de ser enxugado para que se adequasse às peculiaridades arquitetônicas da Oca.
A intenção de iniciar uma exposição desse porte na mesma época da Bienal tem a ver com o desejo de "complementar" o evento de cunho mais internacional, ao propor um panorama que mira a arte do país. Entre os artistas de "MAM na Oca", estão Guignard, Rafael Assef, Albano Afonso, Mauro Restiffe, Tunga, Farnese de Andrade e muitos outros.
Os pavimentos não seguem uma organização meramente cronológica nem se restringem a afinidades de suporte --antes, estabelecem um nexo histórico em seus temas e indagações, bem como se reportam à trajetória do MAM, fundado em 1948 e com um histórico de "trauma" em 1963, quando todo o seu acervo de então foi passado ao MAC-USP.
Parque Ibirapuera - pavilhão da Oca (av. Pedro Álvares Cabral, s/ nº, parque Ibirapuera, região sul, tel. 5549-2744). Ter. a dom.: 10h às 18h. Abertura 3/10. Até 10/12.
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