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Tecnologia
Sexta - 29 de Setembro de 2006 às 07:13

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Parlamentares dos Estados Unidos acusaram a Hewlett-Packard de usar esquemas desleais para obter registros telefônicos privados para uma investigação de vazamento de informações do conselho de administração da companhia, depois que três antigos executivos recusaram-se a testemunhar na quinta-feira sobre o inquérito da HP.

O escândalo envolvendo a fabricante de computadores e impressoras gerou a quarta baixa no quadro de executivos da companhia nesta quinta-feira, com a renúncia da diretora jurídica da HP, Ann Baskins, horas antes de ter de se apresentar em audiência do subcomitê da Câmara de Energia e Comércio.

Baskins, dois outros ex-executivos da companhia e uma série de investigadores contratados invocaram o direito de não testemunhar.

Os parlamentares repreenderam a antiga chairman Patricia Dunn e as demais autoridades por permitir que investigadores se passassem por membros da diretoria, funcionários e jornalistas para obter gravações telefônicas, em prática conhecida como "falso pretexto".

"Parece que os mais altos níveis da HP confiaram em documentos preparados por um escriturário contratado por investigadores particulares afirmando que a prática de falso pretexto é legal", afirmou o presidente do subcomitê, Edward Whitfield.

Dunn argumentou que recebeu garantias de Ronald DeLia, da Security Outsourcing Solutions, que a informação tinha sido obtida de forma legal e ela não sabia exatamente como os dados tinham sido obtidos até junho de 2006.

"Eu confiei... e entendo porque isso pode parecer estranho hoje, sabendo o que sei. Mas esse era meu estado de espírito naquele momento", disse Dunn.

DeLia exercitou seu direito de não testemunhar para evitar se auto-incriminar, como também fez Anthony Gentilucci, antigo chefe de segurança global da HP, e o presidente de ética da HP, Kevin Hunsaker.

A HP finalmente identificou o diretor George Keyworth como a fonte dos vazamentos de informações. Ele renunciou em 12 de setembro após recusar pedido da diretoria em maio para que deixasse a empresa.

A companhia está agora sob investigação do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, da Promotoria-Geral da Califórnia e da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, a SEC (Securities and Exchange Commission).





Fonte: Reuters

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