Israel entra em alerta na primeira sexta-feira do Ramadã
As autoridades militares israelenses proibiram o acesso de palestinos da Cisjordânia e de Gaza ao território israelense, como é comum antes das festividades judaicas, por causa da proximidade do Iom Kipur, ou Dia do Perdão, um período de jejum e expiação que começa neste domingo.
Os muçulmanos residentes em Israel poderão ir aos templos sagrados do Islã em Jerusalém, hoje, sem dificuldade. Mas os palestinos da Cisjordânia e de Gaza não serão admitidos pela Polícia na Esplanada das Mesquitas. A exceção é para os maiores de 40 anos, desde que apresentem permissões de entrada no território israelense.
As restrições também não afetarão as mulheres muçulmanas, explicou um porta-voz policial.
O ministro de Segurança Interior, Avi Dichter, responsável pela Polícia, declarou hoje que não existem alertas de possíveis incidentes na área de al-Aqsa, terceira mesquita na hierarquia do Islã, depois das de Meca e Medina.
Dichter afirmou que nos últimos anos não houve incidentes acompanhando as orações do Ramadã, o mês durante o qual o profeta Maomé recebeu o texto sagrado dos muçulmanos, o Corão.
No entanto, "o dispositivo policial observa a possibilidade de que a menor fagulha cause desordens" entre as dezenas de milhares de crentes esperados em al-Aqsa.
Os palestinos reivindicam Jerusalém Oriental para estabelecer a capital de um futuro Estado independente na Cisjordânia e Gaza.
Haverá também um dispositivo policial em todo o país a partir de domingo, antes do anoitecer do Iom Kipur. Israel ficará isolado do exterior, pois durante um dia todas as atividades são suspensas. Só é permitida a circulação de ambulâncias, segundo o princípio de que "a vida está acima dos preceitos religiosos".
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