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Cidades/Geral
Quinta - 28 de Setembro de 2006 às 21:34

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A importância do planejamento estratégico foi o assunto principal da palestra ministrada pela presidente da Sanecap, Eliana Rondon, nesta quarta-feira (27) aos alunos do 5º ano de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFMT, num evento denominado "Gestão nas Empresas de Saneamento". O evento contou também com palestra do proprietário da empresa Brasil Central Engenharia, Vicente Frederico Gaíva, que opera os serviços de saneamento básico em 10 cidades do interior do Estado.

Segundo o organizador do evento, Ricardo de Souza Carneiro, o objetivo do evento foi mostrar aos alunos as peculiaridades da gestão em empresas de saneamento do setor público e privado. Além de dar informação, a meta é preparar o aluno para o mercado de trabalho. "É importante sair do academicismo", pontuou ele.

A definição do negócio, da missão, da visão e dos princípios da Companhia – que nunca tinham sido explicitados ou documentados – foi um importante passo para se construir um trabalho sólido, segundo Eliana Rondon. "Com isso, conseguimos estabelecer objetivos claros: ser uma das cinco melhores empresas de saneamento do Brasil até 2008 e a melhor do Brasil até 2015", explicou ela.

Elaborar um planejamento estratégico inédito e segui-lo à risca é, segundo ela, uma vitória. Graças ao planejamento, cada setor da empresa aprende a construir e apresentar indicativos, que permite que o trabalho seja avaliado constantemente. O planejamento está disponível na Intranet da empresa, e pode ser visualizado por qualquer funcionário. "Nossas ações agora são planejadas", observou ela.

Uma das metas é atingir 60% do esgoto tratado até 2008 e a universalização do serviço de tratamento de água, que hoje atende a 97% da população. O índice de hidrometração da Capital deve chegar a 70% até dezembro. A meta é instalar 60 mil hidrômetros.

Em Mato Grosso, 35 empresas atuam no ramo de concessão de serviços de água e esgoto. No Brasil, são 65 ao todo. A falta de um marco regulatório sobre o tema no Brasil foi apontada pelos palestrantes como um dos desafios a serem vencidos. Na avaliação da presidente da Sanecap, essa política terá que atender a um cenário misto, uma vez que há também 24 companhias operando sob a responsabilidade do município.

Segundo o Ministério das Cidades, seriam necessários R$ 178 bilhões para universalizar os serviços de saneamento no Brasil até o ano de 2020. A dificuldade que as companhias têm em oferecer garantias para obter financiamentos do setor público é um entrave aos investimentos. As parcerias público-privadas são uma alternativa. Sobre o assunto, a presidente da Sanecap explicou a modalidade que está sendo pleiteada pela companhia, a da SPEs (Sociedades de Propósitos Específicos).

Projetos – A presidente da Sanecap apontou os projetos desenvolvidos pela Sanecap, entre eles o "Amigos da Lagoa", que visa revitalizar a área da Lagoa Encantada, no CPA III, o "Sanecap mais perto de Você", que leva o atendimento da Companhia aos bairros e o Memorial das Águas, que será construído nas estações de tratamento das avenidas Presidente Marques e São Sebastião. Ela também citou o processo de modernização e inovação tecnológica implementado na atual gestão.

A presidente destacou as obras em andamento: a ampliação e melhoria na ETA do Tijucal, a reforma da ETA São Sebastião, a ampliação do decantador da ETE Dom Aquino, a construção do reservatório no bairro Altos da Serra e do Parque das Águas, além da discussão que está sendo feita sobre a hidrometração individualizada em prédios.

Ela também convidou a todos para participar do curso sobre Hidrometração Individualizada que será promovido pela Sanecap nos dias 11, 12 e 13 de novembro, em parceria com a ABES-MT (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental) e com o departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFMT.





Fonte: 24HorasNews

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