Totó Paes de Barros é homenageado na Fiemt

Autoridades, empresários, historiadores e familiares do industrial e ex-governador do Estado, Antônio Paes de Barros, participaram na manhã de hoje (28.09), da cerimônia de recolocação da placa que homenageia o empresário, na Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt). A primeira homenagem foi realizada no dia 1º de setembro de 1997 em comemoração ao seu centenário (1897–1997), porém, em função da reforma do foyer da Federação, a placa foi retirada. Com o término da reforma, ela foi recolocada no hall de entrada da instituição.

“Com esta homenagem, a Fiemt reconhece seu pioneirismo e sua contribuição para o desenvolvimento de Mato Grosso”, destaca o presidente da Fiemt, Nereu Pasini. Antônio Paes de Barros, conhecido como Totó Paes, criou em 1896 a Usina Itaicy, primeiro local a ter energia elétrica em Mato Grosso. Todos os equipamentos foram trazidos da Alemanha e, além da poderosa produção de açúcar e álcool, Itaicy ficou famosa por sua estrutura social, econômica (tinha moeda própria) e cultural. Totó Paes presidiu Mato Grosso de 1903 a 1906, quando no dia 6 de julho, foi morto em um combateu na chamada Revolução de 1906.

“É um ato para a renovação da história. Nossa família está muito feliz porque ele era um industriário e está recebendo uma homenagem na Casa da Indústria”, ressalta a bisneta do industrial, Oriana Paes de Barros. Para o historiador Paulo Pitaluga, o empresário foi um dos grandes empreendedores do Estado. “Só pra dar um exemplo, em 1903, Totó Paes tentou fazer a rodovia Cuiabá-Santarém. Todas as homenagens que são feitas a ele devem-se às ações pioneiras que realizou”.

PALESTRA – Após a solenidade de homenagem a Totó Paes, os empresários reuniram-se para participar da palestra ‘Meio Ambiente e Soberania Nacional’, ministrada pelo presidente da Câmara Setorial Temática da Assembléia Legislativa do Estado, José Esteves de Lacerda Filho. Durante a apresentação, Lacerda destacou os conflitos e conseqüências da questão agrária e fundiária, conflito de competência entre a união, estado e município, faixa de fronteira e faixa das rodovias federais, biopirataria e a ação das ONG´s em Mato Grosso.

“O estado brasileiro precisa de uma lei que exija o resultado das pesquisas e atuação das ONG’s e supostos missionários que estão no país como defensores dos nossos direitos do meio ambiente e de terras indígenas”, disse. Lacerda preside a Comissão da Assembléia, que tem a incumbência de desenvolver ações relacionadas à resoluções de conflitos do Estado, como a questão de áreas indígenas, do pantanal e de mineração.