Oficina aborda relações étnico-raciais no cotidiano escolar
As palestrantes, as técnicas da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Ângela Maria dos Santos e Cândida da Costa destacaram estereótipos aplicados aos negros: a mulata gostosa e do negro viril. “Vemos muito isso nas construções literárias. A construção do racismo foi feita no meio acadêmico, com uma política de branqueamento que passa pelas produções literárias”, afirmou Ângela.
Outros teóricos que falam do racismo no Brasil, como Nira Rodrigues, trabalha com a perspectiva das relações do negro, influenciando no comportamento destes. A construção da raça se dá para explicar o espaço de poder.
As primeiras teorias sobre o racismo eram para marcar as diferenças em que quem falava errado ou não, quem era senhor e não era. Utilizava-se a diferença para justificar o espaço-poder. “No decorrer do tempo é que se expõe o racismo quando há o encontro do africano com o europeu. A dificuldade de compreender o que é diferente existe até hoje”, ponderou Cândida.
Para a professora Kátia Miranda que leciona na Escola Estadual “Hélio Palma de Arruda”, saber como lidar com o mito do racismo é uma questão muito importante, já que hoje no Brasil ele é camuflado, diferentemente do que acontece nos Estados Unidos e na África onde há segregação das raças. “Essa oficina deu uma outra visão de como o professor tem que trabalhar em busca do anti-racismo, desmistificando a imagem do negro aliada à marginalidade”, salientou.
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