Centenas de supostos terroristas desapareceram no Paquistão, diz anistia
Segundo a entidade, muitos dos suspeitos, incluindo crianças, foram torturados e vendidos às autoridades americanas por caçadores de recompensa que cobraram até 5.000 dólares.
A Anistia considera que a maioria dos prisioneiros da base americana de Guantánamo, em Cuba, foi vendida às autoridades americanas.
O informe afirma desconhecer o número exato de detenções, mas fala de "centenas" de pessoas e adianta que os americanos estão envolvidos em algumas prisões.
O documento acrescenta que os suspeitos são levados ilegalmente para Guantánamo e para a base americana de Bagram, no Afeganistão, entre outros destinos secretos.
A AI pede ao presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, que explique onde estão "desaparecidos" e ponha fim às "detenções arbitrárias".
"A prática usual de oferecer recompensas importantes por pessoas suspeitas de terrorismo facilitou as prisões arbitrárias e trouxe consigo os desaparecimentos", adverte o informe.
Musharraf se reunirá nesta quinta-feira à tarde com o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, em Londres.
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