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Nacional
Quarta - 27 de Setembro de 2006 às 16:07
Por: Camila Tuchlinski

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O promotor Luiz Fernando Vaggione, que acompanha as investigações do assassinato do coronel e deputado estadual Ubiratan Guimarães, afirmou nesta quarta-feira, 27, que vai apresentar denúncia contra a advogada Carla Prinzivalli Cepollina por homicídio doloso. "Ela é a assassina do coronel", declarou.

Segundo ele, após a conclusão do inquérito policial, o Ministério Público poderá oferecer a denúncia ela em aproximadamente dez dias. Para ele, Carla já deveria ter confessado do crime.

Vaggione disse que Carla ocultou provas do crime assim que o corpo de Ubiratan foi encontrado. Uma das provas seria uma blusa de cor clara, que Carla teria usado no dia do crime. À polícia ela entregou uma blusa escura, de acordo com o promotor.

Carla chegou por volta das 14h30 desta quarta para prestar novo depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), acompanhada pela mãe, a também advogada Liliana Prinzivalli, e de seu advogado Antônio Carlos Carvalho Pinto, em um Santana branco, com vidros escuros, escoltada pela polícia, segundo a reportagem da Rádio Eldorado AM.

Ao sair de seu apartamento no Campo Belo, zona sul, Liliana garantiu que sua filha não vai confessar o crime. Ela também criticou o trabalho de investigação do DHPP e falou que vai mandar o caso para fora do país e até para Organização das Nações Unidas (ONU). Ao ser questionada sobre as declarações da empregada que contou à polícia que viu uma manhas vermelhas numa calça e numa blusa de Carla, ela ressaltou que trata-se de molho de tomate.

O advogado Antônio Carlos Carvalho Pinto afirmou que sua cliente deverá aguardar o julgamento em liberdade. Ele disse que é até capaz de entender o indiciamento, mas considera uma ´medida prematura´. "O DHPP devia ser mais prudente, mais cauteloso", declarou.

Carla nega o crime e alega que não há provas contra ela. Mas deverá ser formalmente indiciada nesta quarta por homicídio duplamente qualificado - crime foi praticado por motivo torpe e ela usou recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

Ao final do interrogatório, ela terá de responder a um questionário sobre seu passado, além de ser fotografada e ter suas digitais colhidas. O indiciamento é a peça formal em que uma pessoa é apontada como autora do crime.





Fonte: Agência Estado

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