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Internacional
Quarta - 27 de Setembro de 2006 às 11:00

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O primeiro-ministro húngaro, Ferenc Gyurcsány, lamentou hoje que suas declarações, quando admitiu ter mentido para ganhar as eleições passadas, possam ter chocado os cidadãos, e reiterou a necessidade de seu programa de austeridade orçamentária.

"Sei muito bem que o estilo e a linguagem utilizados pode ter chocado muitas pessoas, o que lamento", disse Gyurcsány hoje, na reunião do gabinete ministerial do Governo social-democrata.

O primeiro-ministro húngaro assegurou que disse "a metade do que fizemos" (no Governo social-democrata) e "não explicamos por que fazemos o que estamos fazendo", em referência ao programa de austeridade para colocar a economia húngara nos eixos.

Gyurcsány disse que a tarefa de seu gabinete é "tornar (a política) mais clara e sincera" e acabar com as falsas promessas.

O premier ressaltou que não achava que os eleitores entenderiam as medidas do gabinete para sanear a economia, mas acrescentou que é preciso acabar com a política centrada nas falsas esperanças e se concentrar na realidade.

Em uma gravação transmitida pela rádio, Gyurcsány reconheceu diante da direção do governante Partido Socialista ter mentido "durante um ano e meio" sobre a situação econômica do país, e afirmou que o ocorrido na Hungria é algo "nunca visto na União Européia".

O primeiro-ministro húngaro também manifestou a seus correligionários que a economia se manteve flutuando devido à "divina providência" e "centenas de enganos".

O principal objetivo das reformas econômicas empreendidas é sanear os déficit orçamentário (10,1% do PIB) e externo (67,9% do PIB), com uma tendência, até agora, crescente.

O Executivo, entre outros, aumentou o IVA de 15% para 20% no caso da energia, alimentação e transportes públicos, além de aumentar os impostos diretos.





Fonte: EFE

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