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Repórter News - reporternews.com.br
Polícia Brasil
Terça - 26 de Setembro de 2006 às 01:52
Por: Patricia Neves

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O Batalhão de Operações Especiais (Bope) deixou na manhã de ontem de fazer a segurança do Raio 5 no presídio Pascoal Ramos, em Cuiabá. A tropa, que conta com 33 homens de elite, foi mantida durante 6 meses exclusivamente para manter atrás das grades da unidade o chefe do crime organizado, João Arcanjo Ribeiro, 55. Além dele, outros 27 presos estão no raio.

A Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) tenta encaminhar para o local também, o ex-policial militar Hércules Araújo Agostinho (tido como principal pistoleiro do esquema comandado por Arcanjo), mas a defesa dele recorreu à Justiça contra o pedido alegando que ele correrá risco de morte.

Hoje ele ocupa uma cela construída dentro do alojamento da PM, mas com a efetivação do Raio 5, não seria mais necessário que ele permanecesse neste local. A saída do Bope deve-se a formação de 24 policias do Grupo Tático da Polícia Militar que já assumiram o trabalho de vigilância externa do perímetro do presídio e também do Raio 5. O grupo tático da PM também já trabalha na segurança do Pascoal Ramos. A responsabilidade sobre o grupo é de competência do Batalhão de Guardas.

O Raio 5 tem 56 vagas, dividas em 10 celas individuais e em celas que podem abrigar de 2 a 4 presos. O local 5 também é destinado aos presos que se enquadram no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).

O superintendente do sistema prisional de Mato Grosso, Domingos Sávio Grosso, esteve na manhã de ontem no Pascoal Ramos. Nenhum incidente foi registrado durante esse período, informou o secretário adjunto de sistema prisional, José Carlos de Freitas.

A permanência de homens de elite como vigilantes de Arcanjo gerou inúmeras críticas, incluindo de autoridades públicas. O custo do "Comendador" somando-se o transporte de helicóptero para audiências, além do pagamento de salários e alimentação aos soldados da tropa do Bope, chegavam a quase R$ 60 mil por mês. Um preso comum, conforme dados fornecidos pelo sistema prisional, custa mensalmente, em média, R$ 800.

O Raio 5 é ocupado hoje pelos presos considerados de alta periculosidade no Estado e que devem ser transferidos para o presídio federal de Catanduvas, no Paraná.




Fonte: A Gazeta

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