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Economia
Segunda - 25 de Setembro de 2006 às 16:40

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Apesar do período favorável da pecuária de corte, em Mato Grosso, a expectativa de recuperação de renda do setor não é tão otimista assim. Por isso, os números analisados pela comissão de Pecuária de Corte da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) apontam para uma provável redução no crescimento anual do rebanho mato-grossense, ou até, para um índice negativo, dando continuidade a um processo de retração que teve início em 2004. “Em 2006, o rebanho de Mato Grosso deve apresentar um índice de aumento de no máximo 1,5%, não ultrapassando 27 milhões de cabeças. Porém, considerando que há uma grande quantidade de fêmeas sendo abatidas, é quase certo que haja uma redução do rebanho de mato-grossense para o próximo ano”, constatou o coordenador técnico da comissão de Pecuária de Corte, Luis Carlos Meister.

O índice de crescimento do rebanho acumulado, nos últimos dois anos, foi de 10%. Em 2003, eram 24.401,798 de cabeças de gado e, em 2005, o número saltou para 26.844,19 cabeças. A partir daí o percentual de evolução caiu pela metade em relação ao ano anterior. Foi registrado um aumento de 3,3% entre 2005 e 2004, diante do índice de crescimento de 6,6% entre 2003 e 2004.

O consultor de Pecuária da Famato afirma que esta redução é positiva para o mercado porque só assim, pode haver uma melhor remuneração para o produtor. “Vivemos, hoje, uma crise de preços, que tem como causa fundamental, o excesso de oferta de animais para o abate e isso fez com que houvesse uma derrubada nos preços”, constatou. “Havendo uma redução do rebanho, não há duvida que há um enxugamento no mercado e, conseqüentemente, uma melhoria de preços. É nítido que estamos entrando num período de reversão do ciclo da pecuária, aonde a oferta de animais nos próximos meses e anos serão menores”, apontou.





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