Quilombolas se reúnem para discutir medidas de proteção
A área, de mais de 27 hectares – cada hectare corresponde a um campo de futebol –, vem sofrendo invasões de pessoas estranhas à comunidade. A denúncia é da presidente da Associação de Moradores do Quilombo da Rasa, Carivaldina Oliveira da Costa, mais conhecida como Dona Uia.
Filha de agricultores e neta de escravo beneficiado pela Lei do Ventre Livre, ela conta que o local vem perdendo terreno para grileiros e para a especulação imobiliária.
O Quilombo da Rasa é reconhecido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e está em estudo para regularização fundiária na superintendência regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Trezentos descendentes de escravos moram no local, que fica a 176 quilômetros da capital do estado e foi delimitado por um estudo antropológico e memorial descritivo elaborado por técnicos do Instituto de Terras e Cartografia do Estado do Rio de Janeiro.
A audiência será realizada às 16 horas, na Câmara Municipal de Búzios, e deverá reunir representantes dos governos federal, estadual e municipal, além de entidades internacionais e nacionais.
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