Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Segunda - 25 de Setembro de 2006 às 08:29

    Imprimir


O mercado imobiliário em Cuiabá está em baixa. Reflexo direto da maior crise econômica do principal setor que equilibra a economia do Estado e impulsiona o crescimento de todas as outras atividades: o agronegócio. Apesar da crise no campo existir há cerca de três anos, é em 2006 que este segmento está sentindo “na pele” os efeitos da falta de circulação monetária.

Segundo o presidente do Sindicato da Habitação de Mato Grosso, Abdalla Derzi, que atua no ramo há mais de 25 anos, a crise está em seu auge no mercado imobiliário. Dono de uma das maiores imobiliárias da Capital, a Worker, Abdala não esconde que há três meses não vende nenhum imóvel. “Está horrível para todo mundo. O dinheiro não está girando e as pessoas estão inseguras para fechar negócio”, admite.

A queda na movimentação do setor imobiliário neste ano já chega aos 40%, segundo o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea/MT), que tem como referencial a redução nos volume de pedidos para construção de imóveis. Mas mesmo nesta realidade, os preços não seguem a mesma tendência e nem tão pouco dão demonstrações de que podem ser reduzidos. Um exemplo desta disparidade está na Avenida Rubens de Mendonça – a Avenida do CPA – que segue em plena valorização. Apelidada como a “Avenida Paulista cuiabana”, a cotação do metro quadrado permanece na faixa de R$ 1,2 mil, o mais valorizado de Cuiabá.

Segundo o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci), Carlos Alberto Lúcio da Silva, a Avenida do CPA ainda é a área mais procurada para a implantação de grandes empreendimentos e a variedade de negócios e serviços gerou a agregação de valores que dimensionam a valorização de uma área. “Um exemplo dessa agregação foi após a construção do shopping Pantanal. Ao seu redor foram duplicadas avenidas, asfaltas ruas, e isso está valorizando os imóveis que estão localizados naquela região”, observa.

CORRETORES OTIMISTAS - Na contramão da opinião geral do mercado, o presidente do Creci, Carlos Alberto Lúcio da Silva, diz que a crise já está passando e que o mercado se estabelece após um período de estagnação.

Carlos afirma que apesar da crise ter sido forte, ele não percebeu reflexo de queda de consumo nas classes A e B, no tocante a investimentos imobiliários. “Não houve nenhum tipo de redução de aplicação dessa classe”, afirma.

Segundo ele houve redução na procura pelas classes média e baixa, mas que os mesmos foram atendidos pelos principais programas do governo Federal. Segundo o presidente, o mercado atual deverá voltar até o fim do próximo ano a mesma movimentação que vinha sendo registrada antes da crise do agronegócio e que apesar de considerar que alguns ajustes se farão necessários a revitalização do segmento. “Estamos sentindo uma melhora, ou seja, o incremento no volume de negócios”, garante.

ESTIMATIVAS – Apesar das opiniões de cada envolvido no segmento imobiliários, não existem dados no Crea, no Creci, Secovi ou nem mesmo no Sindicato das Indústrias da Construção (Sinduscom) sobre a quantidade de imóveis disponíveis para comercialização em Cuiabá. (Veja mais na página C3)





Fonte: Diário de Cuiabá

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/273657/visualizar/