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Internacional
Segunda - 25 de Setembro de 2006 às 04:27

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O Movimento de Resistência Islâmica Hamas anunciou hoje em comunicado que retomará as negociações com representantes do movimento nacionalista Fatah para formar um Governo de união nacional.

O negociador-chefe da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Saeb Erekat, do Fatah, informou aos jornalistas que o presidente Mahmoud Abbas - que acusa o Hamas de ter frustrado as negociações para criar o Governo de unidade - voltará a reunir-se amanhã com o primeiro-ministro Ismail Haniyeh, dessa organização islâmica.

No centro das divergências entre Abbas e Haniyeh, e seus respectivos movimentos, está o reconhecimento do Estado de Israel, o que o Fatah fez em 1988, e que o Hamas se nega até o momento com o argumento de que o Estado judeu foi fundado em 1948 "sobre terras sagradas do Islã", o que para os judeus é a "terra prometida", segundo o relato do Antigo Testamento.

O comunicado divulgado nesta manhã pelo Hamas sobre o reatamento das conversas com Fatah não faz menção a essa divergência.

O reconhecimento de Israel é vital na retomada das negociações de paz entre palestinos e israelenses segundo o plano do Quarteto de Madri - formado por Estados Unidos, União Européia (UE), ONU e Rússia -, que tenta conseguí-lo com seu "Mapa de Caminho", criado em 2003.

Erekat afirmou neste domingo em Gaza que Abbas dirá a Haniyeh, que seguiria como primeiro-ministro do Governo de união nacional, que essa exigência terá de ser cumprida, além de outras do Quarteto.

As outras duas exigências são o desarmamento da milícia do Hamas, que opera paralelamente aos organismos de segurança da Autoridade Nacional Palestinas (ANP), e o respeito de todos os acordos subscritos com Israel desde 1993 pela Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e a ANP.





Fonte: EFE

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