Sobrinho de Castor depõe sobre homicídios no RJ
O depoimento de Rogério será na Polinter. O chefe do jogo, apontado como dono da Rio Oeste Games, também deverá ser ouvido sobre as mortes de Rogério Leitão, executado ano passado, e Moacir Ferreira Nascimento, morto em 2004. Ambos seriam ligados a Rogério e assassinados por grupo rival na disputa pela exploração de pontos de máquinas de caça-níqueis.
Visita de parentes No fim de semana, Rogério recebeu a visita de parentes, como a de sua mãe, e advogados na carceragem da Polinter. Ele e outros 21, entre eles 16 PMs, denunciados pelo Ministério Público por formação de quadrilha, estão presos. "Tenho certeza, que por falta de provas, a prisão de todos será revogada", disse Luiz Carlos da Silva Neto, advogado de Rogério.
Sexta-feira, o grupo prestou depoimento na 1ª Vara de Bangu. Como havia informações de ameaça de morte contra o juiz Alexandre Abrahão, responsável pela audiência, e resgate ou morte de Rogério, recebidas pelo serviço do Disque-Denúncia (2252-1177), a polícia mobilizou 100 agentes num megaesquema de segurança.
No mesmo dia, o sargento bombeiro Antônio Carlos Macedo, um dos réus, foi transferido da carceragem do quartel do Corpo de Bombeiros do Méier para a do Humaitá. Ele é citado no Disque-Denúncia como um dos responsáveis pelo plano de matar o juiz. O corregedor-geral do Corpo de Bombeiros, coronel José Rosa Cardoso, negou que a transferência estivesse relacionada à denúncia.
"Não recebi esse Disque-Denúncia. A mudança foi estratégica até mesmo para garantir a segurança do acusado", explicou o oficial. Enquanto o processo estiver tramitando na Vara de Bangu, o juiz está sob escolta da polícia, como determinou o Tribunal de Justiça.
Condenado por morte do primo Sobrinho do capo do jogo do bicho Castor de Andrade, morto em 1998, Rogério foi preso por agentes da Polícia Federal, dia 18. Além do mando de prisão expedido pela Justiça por envolvimento com a máfia dos caça-níqueis, ele é condenado ainda no 4º Tribunal do Júri a 19 anos e dez meses de prisão pela morte do primo, Paulo Roberto de Andrade.
Na Zona Oeste, Rogério e Fernando Iggnácio, que teriam como aliados maus policiais, estão em guerra na região há quase dez anos e, nesse período, mais de 50 pessoas foram mortas na disputa por pontos de jogo.
Comentários