Nacionalização do gás não será flexibilizada, diz ministro

O ministro boliviano dos hidrocarbonetos Carlos Villegas, que assumiu a pasta no lugar de Andrés Solíz Rada, afirmou que a Bolívia não está disposta a recuar em relação à questão do gás.

Para ele, o assunto é excessivamente forte para que o decreto de nacionalização seja flexibilizado, mesmo que haja pouco tempo para negociar e fechar contratos com todas as companhias petroleiras em operação no país. Ele sustenta que o controle da comercialização dos produtos produzidos pelas refinarias da Petrobrás será do governo boliviano.

Questionado pelo jornal O Estado de S. Paulo sobre a possibilidade de um possível rompimento do governo boliviano com o Brasil, Villegas afirmou que os países devem manter um diálogo, já que ambos têm interesses em manter uma relação.

No entanto, ele admitiu que a declaração de que a "Petrobrás não dobrará a Bolívia" foi "forte" e não contribui para a negociação entre os dois países.

Ao ser questionado se a postura da Bolívia em relação à flexibilização, juntamente com o curto prazo para negociar com as empresas, podem trazer problemas ao país, Villegas admitiu que o processo é complexo, mas que não poderia falar nada sobre o processo de negociação com as empresas.