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Nacional
Sábado - 23 de Setembro de 2006 às 23:13

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Na favela da Rocinha, Rio de Janeiro, sete pára-quedistas, todos com menos de 30 anos, formam um temido grupo chamado de "Bonde de PQDs". Eles não traficam drogas nem saem para cometer assaltos. Estão lá apenas para proteger os dois chefões do tráfico: João Rafael da Silva, o Joca, e Antônio Francisco Lopes, o Nem.

São, em média, R$ 1 mil por semana de salário para cada. Bem mais do que os R$ 734 mensais que receberiam se ainda estivessem no Batalhão de Infantaria Pára-Quedista. "Este é um problema político e não apenas do Exército", afirma o general Marco Antônio Costa Viana, comandante da Brigada-Pára-Quedista.

Dados obtidos através de uma pesquisa do jornal O Dia junto aos tribunais da Justiça Militar revelam um número impressionante. Somente no Rio de Janeiro, entre julho de 2004 e julho deste ano, 304 militares foram considerados desertores. Nesse mesmo período, 109 deles, em algum momento, se apresentaram em suas unidades. Em contrapartida, 195 jamais voltaram.

"Emprego de carteira assinada nenhum deles consegue sem o certificado militar. Vamos dizer que alguns estejam ganhando a vida em empregos informais. Mas a realidade é que, deste universo de 195 desertores, pode-se dizer que 70% estão trabalhando para o tráfico", explica um homem de alta patente do Exército, que, para evitar represálias e punições, pede para não ter sua identidade revelada.





Fonte: O Dia

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