O juiz Flavio Miraglia Fernandes deferiu a recuperação judicial para o Grupo Modelo, que reúne quatro empresas. Com a reestruturação concedida pela Justiça, o grupo, que emprega mais 2,2 mil pessoas, deverá renegociar R$ 184 milhões de passivo, sendo que mais de 75% dos débitos são com instituições financeiras. A direção garante que todos os empregos serão mantidos e os supermercados e demais unidades do grupo funcionarão normalmente. As informações são do siteCenário MT.
Segundo o advogado Eduardo Henrique Barros, da ERS Consultoria, responsável pelo caso e especialista em recuperação judicial, a crise de liquidez que se instaurou no mercado financeiro a partir de 2008 fez com que os bancos parceiros da empresa reduzissem o crédito. Diante disso, o grupo teve que recorrer à tomada de recursos em instituições com taxas de juros maiores e prazos mais curtos, o que provocou alto endividamento, cenário que deverá ser sanado pela recuperação judicial.
Ainda de acordo com a visão do advogado do Modelo, é importante ressaltar que a recuperação judicial do Grupo acontece no momento ideal para dar novo fôlego à empresa.
Barros esclarece que o grupo empresarial terá dois meses para apresentar o plano de recuperação judicial que contemple a forma de pagamento aos credores. No prazo de 120 dias, o processo poderá estar concluído. “Renegociadas as dívidas, o grupo terá retomada a capacidade de investimento e ampliação. A recuperação judicial existe para isso, renovar as empresas e mantê-las no mercado”, definiu.
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