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Educação/Vestibular
Domingo - 24 de Fevereiro de 2013 às 22:56

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Exigências da legislação, entraves tecnológicos e a barreira da língua são desafios para o Brasil expandir o ensino a distância para o exterior, segundo especialistas ouvidos pelaFolha.

A lei brasileira determina que pelo menos 20% do curso de graduação seja presencial. Isso exige que haja tutores em outros países para dar suporte ao aluno de fora.

Em alguns cursos de pós-graduação, não há a exigência de um mínimo presencial.

Na FGV Online, pelo menos 3.000 estrangeiros já fizeram cursos desde 2003, principalmente da área empresarial, como gestão financeira e de projetos.

Muitos deles são europeus (alemães, italianos e portugueses), como o espanhol Carlos Badia, 28, gerente de projetos.

"O Brasil tornou-se uma marca valorizada internacionalmente. O mercado aqui oferece oportunidades profissionais", diz. "Oportunidades que não nos oferecem nossos países devido à crise."

  Ed. de arte/Folhapress  



A maioria dos alunos estrangeiros acessou o material quando residia fora do Brasil, segundo Stavros Xanthopoylos, diretor-executivo do FGV Online.

Mesmo sem a exigência da presença física, ainda assim, estrangeiros ainda não chegavam a 1% do total de 120 mil alunos da FGV Online em 2011.

Outra barreira é a língua: nenhum curso de graduação ou pós é traduzido, o que exige do aluno um conhecimento prévio do português.

Para Xanthopoylos, que também é vice-presidente da Associação Brasileira de EAD (ensino a distância), outros países são mais flexíveis quanto ao presencial porque usam meios tecnológicos seguros para avaliar o aluno a distância.

"Estamos de alguma forma na contramão em relação à legislação e à necessidade de qualificação no país."

Já o presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa, julga ser necessário o mínimo de 20%.

Coordenador dos projetos de EAD da USP, o professor Gil da Costa Marques orienta que cursos a distância busquem bons materiais, com vídeo (não só textos) e também salas virtuais com um docente plantonista para tirar dúvidas.

Marques orienta, ainda, sempre que possível, que possa haver aulas presenciais para troca de experiências entre estudantes e professores.






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