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Internacional
Sábado - 23 de Setembro de 2006 às 10:53

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Grupos de oposição disseram que dezenas de milhares de pessoas se reuniriam em Budapeste no sábado no maior protesto já feito contra o primeiro-ministro húngaro, Ferenc Gyurcsany, que admitiu ter mentido aos eleitores.

Cerca de dez mil pessoas encerraram de forma pacífica uma manifestação em frente do prédio do parlamento ao amanhecer.

Um correspondente da Reuters disse que ao meio-dia de sábado a multidão contabilizava centenas de pessoas, mas líderes da oposição disseram que o número poderia aumentar para 200 mil pessoas até o fim da tarde.

Os protestos aprofundaram a divisão entre a esquerda e a direita na Hungria, ambas acusando-se mutuamente de fomentar a violência para ganhar terreno antes das eleições de primeiro de outubro.

O principal partido de oposição, Fidesz, desistiu dos planos para um protesto em massa no sábado que, segundo alertou o governo de liderança socialista, poderia reacender a violência que deixou mais de 200 pessoas feridas esta semana.

No entanto, alguns das centenas de milhares de partidários pretendiam viajar do campo para a capital, e seus líderes continuaram a pedir a saída de Gyurcsany.

"Ferenc Gyurcsany retirou-se da lista de políticos aceitáveis", disse Lajos Kosa, prefeito da cidade de Debrecen, reduto do Fidesz, à televisão húngara.

"Temos que decidir se nossa democracia significa eleger um ditador por quatro anos ou um primeiro-ministro que não está acima da lei."

O grupo de extrema-direita, Jobbik, disse a seus partidários para aumentar a participação nos protestos, que reuniram cerca de 10 a 15 mil pessoas todas as noites esta semana do lado de fora do prédio do parlamento.

ESTADO DE ALERTA

"Não basta que Gyurcsany renuncie, nós o levaremos a julgamento e o colocaremos na prisão por crimes contra a economia e contra a Hungria", disse o manifestante Gyorgy Kalmar, de 28 anos, do lado de fora do parlamento.

A polícia disse estar em estado de alerta, para tentar evitar a repetição dos tumultos em que os manifestantes atiraram pedras contra os policiais, incendiaram carros e invadiram o prédio da televisão estatal na terça-feira.

A violência estourou depois que Gyurcsany foi pego em uma fita vazada esta semana para a imprensa dizendo a seu partido que o mesmo havia mentido para conquistar a reeleição em abril.

O milionário de 45 anos rejeitou os pedidos da oposição para renunciar e ganhou apoio de seu partido para um pacote de cortes no orçamento para controlar um enorme déficit, que subiu para 10,1 por cento do produto interno bruto do país após quatro anos de excesso de gastos.





Fonte: Reuters

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