Termelétrica suspende atividade

A Empresa Pantanal Energia (EPE) suspendeu na noite de ontem a geração de energia elétrica na usina Mário Covas, a termelétrica de Cuiabá. O desligamento programado se estenderá por hoje e amanhã e foi determinado pelo Operador Nacional de Sistema (ONS), vinculado ao Ministério de Minas e Energia (MME). A planta está desde as 18h30 de quarta-feira (20) sem receber gás natural da Bolívia. Caso o fornecimento não seja reativado a usina terá condições de operar somente por 2 dias.

A previsão é que a planta seja reativada na madrugada da próxima segunda-feira e funcione até o fim de terça-feira na geração mínima de 135 megawatts (MWh) ante a potência plena de 520 megawatts (MW). O diretor regulatório da EPE, Fábio Garcia, declara que o estoque armazenado de matéria-prima para a geração de energia é de apenas 1,2 milhão de metros cúbicos de gás, 54,5% da demanda diária estabelecida no contrato com a empresa boliviana Andina de 2,2 milhões de metros cúbicos.

"Se não existir o restabelecimento da remessa de gás até terça-feira somos obrigados a parar novamente. O cenário de incerteza permanece, assim como a carência de continuidade do fornecimento de gás a Mato Grosso". Garcia afirma que o desligamento programado é um "procedimento habitual de mercado" e bastante utilizado pelo ONS. Ele justifica que a medida foi deliberada em função da baixa tradicional no consumo de energia no Estado durante os fins de semana, dispensando teoricamente a operação da termelétrica.

A usina começou a operar na terça-feira desta semana em capacidade mínima após ficar mais de 20 dias sem o recebimento do gás natural da Bolívia. Nós últimos dias o fornecimento diário era de 600 mil metros cúbicos do insumo, suprimento que corresponde a 27,2% do volume estabelecido no contrato firme de fornecimento. A termelétrica de Cuiabá responde por cerca de 50% da oferta de energia em Mato Grosso.