Policiais palestinos defendem igreja de Nablus contra ataque
As fontes relataram que pouco após a meia-noite houve um intenso tiroteio nas imediações da igreja católica de Nablus, entre os policiais palestinos e os possíveis atacantes.
Agentes da Polícia palestina foram postados na semana passada junto às igrejas da Cisjordânia e de Gaza para evitar incidentes violentos, após as declarações do Papa Bento XVI sobre o Islã que causaram a ira da população muçulmana palestina mais radical.
Residentes de Nablus disseram ter escutado ontem à noite uma troca de tiros que durou 20 minutos. Não há informações sobre feridos ou danos materiais.
Na sexta-feira, três bombas incendiárias foram lançadas por desconhecidos num templo ortodoxo grego da Cidade de Gaza, segundo fontes da igreja.
Centenas de palestinos e israelenses de origem árabe participaram ontem de manifestações em Jerusalém e Tel Aviv para protestar contra as recentes declarações do Papa Bento XVI.
Num dos protestos, na mesquita de al-Aqsa, a terceira na hierarquia do Islã, depois de Meca e Medina, cerca de 300 palestinos criticaram as palavras do Pontífice levando cartazes com a frase "Só Alá é Deus, e Maomé é seu profeta".
Bento XVI revoltou os setores mais radicais do mundo muçulmano durante uma conferência na universidade alemã de Regensburg, na qual citou um texto medieval com palavras consideradas críticas a Maomé.
O Pontífice disse depois que lamentava profundamente que suas palavras sobre o Islã e Maomé tivessem sido mal interpretadas, e afirmou que respeita profundamente os muçulmanos, monoteístas, como os cristãos.
Várias dezenas de membros do Movimento Islâmico em Israel, liderados pelo deputado árabe-israelense Ibrahim Sarsur, protestaram também nesta sexta-feira em frente à embaixada do Vaticano na cidade antiga de Jafa, próxima a Tel Aviv.
Vários palestinos enfurecidos atacaram várias igrejas na Cisjordânia e a Faixa de Gaza no início desta semana.
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