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Morre ex-guerrilheiro que passou metade da vida foragido ou preso
Uma doença cardíaca levou hoje à morte, aos 65 anos, o ex-guerrilheiro argentino Enrique Gorriarán Merlo, quem passou quase metade da sua vida foragido ou na prisão e foi um dos protagonistas da luta armada na América Latina.
Líder do grupo que assassinou no Paraguai o ex-presidente nicaragüense Anastasio Somoza, em 1980, ele morreu quando ia ser submetido a uma operação num hospital público de Buenos Aires, informaram fontes oficiais.
Segundo o Ministério da Saúde da capital argentina, o homem que durante anos se esquivou dos serviços secretos e forças de segurança de todo o continente sofreu "um aneurisma de aorta torácica abdominal" que causou "uma parada cardio-respiratória".
Nascido na cidade de São Nicolás, em 1989 Gorriarán Merlo comandou o assalto ao quartel militar da Tablada, nos arredores de Buenos Aires. Foi condenado à prisão perpétua pelo ataque. Numa entrevista à Efe, em 2002, quando tinha 60 anos e cumpria pena, ele disse que acumulava "32 anos consecutivos entre a clandestinidade e a prisão".
Gorriarán Merlo foi um dos chefes do grupo guerrilheiro argentino Exército Revolucionário do Povo (ERP) nos anos 70 e depois da última ditadura militar (1976-1983) formou o partido político de esquerda Movimento Todos pela Pátria (MTP).
Homem de ação, encarregou-se da primeira incursão armada do ERP no norte da Argentina, em 1971. Foi preso mas no ano seguinte fugiu para o Chile, e depois para Cuba. Mais tarde, uniu-se à guerrilha da Frente Sandinista de Libertação Nacional, na Nicarágua.
Em 1985, dois anos depois do restabelecimento da democracia argentina, fundou o MTP, cujo primeiro pronunciamento incluiu uma "autocrítica" sobre o uso da violência e uma defesa da participação política pacífica. No entanto, quatro anos depois, atacou uma unidade do Exército, para "evitar um novo golpe de Estado", quando o país era governado por Raúl Alfonsín.
Gorriarán Merlo foi capturado em 1995, no México, de onde foi expulso por ter entrado com um passaporte falso.
Condenado à prisão perpétua na Argentina, o ex-guerrilheiro passou oito anos na prisão. Fez três greves de fome para reivindicar sua liberdade e denunciou Argentina e México à Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
Em 2003, recebeu um indulto do então presidente da Argentina, Eduardo Duhalde, que beneficiou 25 civis e militares. No ano passado, fundou o Partido para o Trabalho e o Desenvolvimento, com o propósito de "renovar os dirigentes" e fazer a política "deixar de ser uma carreira para se transformar num serviço à comunidade".
Apesar dos vários pedidos de perdão pelos atentados e crimes que cometeu, Gorriarán Merlo nunca se mostrou arrependido "de haver resistido às ditaduras e aos militares".
Líder do grupo que assassinou no Paraguai o ex-presidente nicaragüense Anastasio Somoza, em 1980, ele morreu quando ia ser submetido a uma operação num hospital público de Buenos Aires, informaram fontes oficiais.
Segundo o Ministério da Saúde da capital argentina, o homem que durante anos se esquivou dos serviços secretos e forças de segurança de todo o continente sofreu "um aneurisma de aorta torácica abdominal" que causou "uma parada cardio-respiratória".
Nascido na cidade de São Nicolás, em 1989 Gorriarán Merlo comandou o assalto ao quartel militar da Tablada, nos arredores de Buenos Aires. Foi condenado à prisão perpétua pelo ataque. Numa entrevista à Efe, em 2002, quando tinha 60 anos e cumpria pena, ele disse que acumulava "32 anos consecutivos entre a clandestinidade e a prisão".
Gorriarán Merlo foi um dos chefes do grupo guerrilheiro argentino Exército Revolucionário do Povo (ERP) nos anos 70 e depois da última ditadura militar (1976-1983) formou o partido político de esquerda Movimento Todos pela Pátria (MTP).
Homem de ação, encarregou-se da primeira incursão armada do ERP no norte da Argentina, em 1971. Foi preso mas no ano seguinte fugiu para o Chile, e depois para Cuba. Mais tarde, uniu-se à guerrilha da Frente Sandinista de Libertação Nacional, na Nicarágua.
Em 1985, dois anos depois do restabelecimento da democracia argentina, fundou o MTP, cujo primeiro pronunciamento incluiu uma "autocrítica" sobre o uso da violência e uma defesa da participação política pacífica. No entanto, quatro anos depois, atacou uma unidade do Exército, para "evitar um novo golpe de Estado", quando o país era governado por Raúl Alfonsín.
Gorriarán Merlo foi capturado em 1995, no México, de onde foi expulso por ter entrado com um passaporte falso.
Condenado à prisão perpétua na Argentina, o ex-guerrilheiro passou oito anos na prisão. Fez três greves de fome para reivindicar sua liberdade e denunciou Argentina e México à Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
Em 2003, recebeu um indulto do então presidente da Argentina, Eduardo Duhalde, que beneficiou 25 civis e militares. No ano passado, fundou o Partido para o Trabalho e o Desenvolvimento, com o propósito de "renovar os dirigentes" e fazer a política "deixar de ser uma carreira para se transformar num serviço à comunidade".
Apesar dos vários pedidos de perdão pelos atentados e crimes que cometeu, Gorriarán Merlo nunca se mostrou arrependido "de haver resistido às ditaduras e aos militares".
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/273998/visualizar/
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