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Nacional
Sexta - 22 de Setembro de 2006 às 20:54

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O candidato pelo PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, disse nesta sexta-feira que seu principal adversário, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem sua imagem corroída por mais um escândalo e comanda um governo "frouxo" no combate à corrupção.

O tucano foi orientado por sua equipe a elevar o tom das críticas para manter o episódio do "dossiê Serra" na pauta diária e não deixar o assunto esfriar a nove dias da eleição.

A avaliação dos coordenadores da campanha é de que Alckmin precisa demonstrar mais indignação com o caso para tirar votos do petista e garantir segundo turno.

"A impunidade é a mãe de toda corrupção. E o governo é fraco, é frouxo para combatê-la," disse o candidato a jornalistas durante visita à cidade de Curvelo, em Minas Gerais.

O tucano afirmou, ainda, que é uma estratégia inútil o presidente condenar a suposta compra do dossiê e tentar desvincular-se do escândalo. Para ele, Lula e o PT são a mesma coisa.

"O PT é o Lula. Quem é que são as pessoas que estão envolvidas nisso?...São pessoas da sua intimidade," disse.

Já em Muriaé, também em Minas, ele afirmou que o escândalo "corrói a credibilidade do presidente".

"Ele pode dizer que não sabia uma vez, mas dizer que não sabia de nada?", questionou o tucano.

O presidenciável comemorou o fato de ter sido isentado de envolvimento na máfia dos Sanguessugas por Luiz Antônio Vedoin, apontado como chefe do esquema.

A suposta relação do ex-governador de São Paulo e do tucano José Serra no escândalo do superfaturamento de ambulâncias constaria em um dossiê que Vedoin venderia a pessoas ligadas ao PT, mas a operação acabou sendo descoberta pela Polícia Federal, abrindo uma crise política a poucos dias das eleições.

Para Alckmin, a eleição virou um caso de polícia mal resolvido. Ele cobrou a origem do dinheiro e reclamou da aparelhamento do Estado pela "turminha do presidente."

"Infelizmente, o que vimos em Brasília foi o aparelhamento da máquina pública pela turminha de amigos do presidente"





Fonte: Reuters

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