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Internacional
Sexta - 22 de Setembro de 2006 às 16:48

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Pelo menos 25 pessoas morreram e outras 10 ficaram feridas nesta sexta-feira no acidente do Transrapid, um trem com suspensão magnética que se encontrava a 200 km/h no noroeste da Alemanha, informou a polícia local.

Num primeiro momento a polícia mencionou 15 feridos, mas o balanço se agravou, levando em conta a violência do choque. O trem descarrilou e destroços e roupas de vítimas podiam ser vistos a dezenas de metros do local do acidente.

O acidente aconteceu entre Lathen e Melstrup, perto da fronteira com a Holanda, em uma via férrea de testes de 31,5 km apresentada como a mais extensa da Europa.

O trem sem maquinista estava a 200 km/h numa passagem de concreto a quatro metros do solo quando entrou em colisão, às 09H30 locais (07H30 GMT), com um veículo de manutenção.

Segundo a companhia Industrieanlagen-Betriebsgesellschaft (IAGB), o acidente ocorreu por causa de um erro humano e não de uma deficiência técnica. "Estamos profundamente abalados por esta tragédia, e vamos elucidar as circunstâncias exatas do acidente o mais rápido possível", declarou o gerente da IAGB, Rudolf Schwarz.

De acordo com a rede de televisão N24, as vítimas são familiares e amigos das pessoas que trabalham no trem.

"Pelo menos 100 socorristas estão no local", frisou Dieter Sturm, porta-voz do distrito de Emsland, ao norte de Osnabrück.

A catástrofe ferroviárias mais mortífera da Alemanha desde 1945 aconteceu em 3 de junho de 1998. Um InterCity Express ligando Munique (sul) a Hamburgo (norte) descarrilou, deixando 101 mortos e 88 feridos em Eschede (norte).

O Transrapid, fabricado por um consórcio reunindo os grupos alemães Siemens e TyssenKrupp, pode alcançar a velocidade de 450 km/h na via de testes, em serviço desde 1984.

A China é o único país no mundo que utiliza esse trem, numa ligação de cerca de 30 km entre Xangai e seu aeroporto. Negociações estão em andamento para uma extensão de cerca de 200 km, entre Xangai e Hangzhou, um contrato avaliado em 4,3 bilhões de dólares.

O ministro alemão dos Transportes, Wolfgang Tiefensee, cancelou uma viagem à China para se deslocar ao local da tragédia. A chanceler Angela Merkel também resolveu ir prestar sua solidariedade in loco.





Fonte: AFP

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