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Internacional
Sexta - 22 de Setembro de 2006 às 10:00

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Militantes da aliança dos seis partidos políticos religiosos do Paquistão, a Muttahida Majlis-e-Amal (MMA), realizaram hoje manifestações em várias partes do país devido aos comentários "insultantes" que o Papa sobre o Islã e o profeta Maomé.

Os protestos forem realizados depois das orações da sexta-feira - dia sagrado islâmico - nas quatro capitais provinciais de Lahore, Karachi, Peshawar e Quetta, além da capital federal, Islamabad.

O presidente da MMA, Qazi Hussain Ahmed, disse hoje perante uma congregação em Lahore (sudeste do país) que após seus comentários insultantes o Papa convidou os muçulmanos a um diálogo inter-religioso.

"Estamos preparados para ir além e desafiá-lo a manter um debate, no qual se fracassasse em provar a autenticidade de sua fé, pediremos a ele que se converta ao Islã, já que o Islã é a única fé que conduz à paz no mundo e à salvação na outra vida", afirmou.

O líder do partido Jamaatud Dawa (JD), Hafiz Abdul Islam, disse em seu discurso que o Papa Bento XVI deve ser substituído imediatamente por uma pessoa que promova a harmonia inter-religiosa e a cooperação, como fez o Papa João Paulo II.

Para o encarregado de Assuntos Políticos do JD, Hafiz Abdur Rehman Madni, o Papa, por meio de suas palavras, tinha apresentado uma "bula para a guerra contra o Islã", iniciada pelo presidente americano, George W. Bush.

"A imparcialidade do Vaticano foi posta em dúvida em vista das palavras do Papa Bento XVI", acrescentou.

Em outra manifestação, na cidade portuária de Karachi, no sul do país, o secretário-geral do partido Jamaat-e-Islami (JeI), o professor Ghafoor, pediu a todos os Estados islâmicos que cortem suas relações diplomáticas com o Vaticano até que o Papa seja substituído.

Ghafoor disse que nenhum embaixador muçulmano deve participar de conferências organizadas pelo Vaticano, enquanto alegava que o Papa fez suas declarações ofensivas a pedido da Administração Bush e que por meio delas, fomentava a hostilidade entre religiões.

Em Islamabad, os manifestantes rejeitaram por unanimidade as desculpas do Papa e exigiram sua retratação.

Em Quetta e Peshawar, também houve manifestações contra as declarações do Papa.

Os protestos em todo o país ocorreram sem qualquer incidente violento.





Fonte: EFE

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