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Nacional
Sexta - 22 de Setembro de 2006 às 04:13

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O cruzamento de ligações telefônicas feito pela polícia para tentar esclarecer a morte do coronel Ubiratan Guimarães mostrou que a namorada dele, a advogada Carla Cepollina, 40 anos, ligou para a mãe, a também advogada Liliana Prinzivalli, às 19h de sábado, no dia do crime, do telefone fixo do apartamento do coronel. Quinze minutos depois, foi a vez de Liliana ligar para o apartamento. De acordo com a polícia, Ubiratan foi morto entre as 19h30 e as 20h30. Moradores do prédio afirmaram ter ouvido um barulho de tiro por volta desse horário.

A polícia quer, agora, saber o que as duas conversaram. A mãe de Carla disse ontem que a filha telefonou para avisar que chegaria mais tarde e para perguntar se havia alguma visita de parentes em casa. A ligação durou quatro minutos. Liliana explicou que ligou para o apartamento logo depois para pedir à filha que voltasse para casa, pois teve um pressentimento.

Também segundo os dados telefônicos analisados pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pelo caso, Carla fez outra ligação para a mãe, agora de seu telefone celular, por volta das 20h30. Segundo os policiais, esse telefonema foi feito fora do apartamento de Ubiratan. Segundo Liliana, Carla teria ligado de celular para perguntar se ela queria ver um DVD.

Essa última ligação reforça o horário de saída do prédio do coronel fornecido por Carla à polícia. Funcionários do prédio afirmaram ter visto Carla sair do local depois das 21h.

Logo após a primeira ligação de Carla para a mãe, às 19h03, o coronel conversou com a amiga Renata Madi, delegada da Polícia Federal, pelo mesmo telefone. Carla admitiu que teve uma crise de ciúmes com os telefonemas da delegada, o que a levou a deixar o apartamento do coronel. Segundo o advogado de Ubiratan, Vicente Cascione, o coronel estava separado de Carla e namorava a delegada. Carla, porém, apresentou notas fiscais que comprovariam seu envolvimento estreito com Ubiratan.

Laudo O laudo necroscópico feito pelos peritos do Instituto Médico-Legal (IML), aponta que a bala que atingiu Ubiratan no abdome perfurou uma artéria do coronel, provocando hemorragia interna e um enfarte. Isso impediu qualquer possibilidade de ajuda ao coronel.

No começo da noite de ontem, os policiais do DHPP voltaram ao apartamento do coronel, nos Jardins, na zona sul de São Paulo, em busca de novos vestígios e provas. Os peritos procuravam sangue e impressões digitais no imóvel.

Os policiais ainda aguardam os resultados de mais quatro exames feitos pelo Instituto de Criminalística (IC), entre eles, os que procuram vestígios de disparo de arma de fogo nas roupas e bolsa usada pela advogada Carla.

Também serão feitos exames bioquímico (para analisar o que a vítima comeu); físico (as roupas e toalhas encontradas no apartamento passarão por um microscópio eletrônico) e balística (trajetória do projétil), segundo a Folha de S.Paulo.





Fonte: Terra

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