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Sexta - 06 de Dezembro de 2013 às 22:28
Por: PEDRO SOARES

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Antes mesmo do reajuste da gasolina nas refinarias da Petrobras, o preço do combustível nas bombas dos postos já subiu 0,63% em novembro, após ter ficado praticamente estável (0,1%) em outubro.


 
Para Eulina Nunes dos Santos, coordenadora da Índices de Preços do IBGE, alguns postos se "anteciparam e retiraram descontos" que eram praticados diante da expectativa de reajuste e da indefinição quanto à data do aumento.

 

 
Em 29 de novembro, a Petrobras, autorizada pelo governo, aumentou o preço da gasolina em 4% e o diesel em 8%. Esses percentual valem para os produtos vendido às distribuidoras.
 
 
 
Ao consumidor final, o reajuste é diluído, pois sobre o preço da estatal não incidem impostos nem o etanol --que é misturado em 25% à gasolina. Especialistas e agentes do setor esperam, nas bombas, um aumento de 2,5% da gasolina. Tal reajuste vai ter um impacto de 0,10 ponto percentual no IPCA de dezembro, cujas projeções apontam para uma taxa entre 0,60% e 0,70%.


 
O IPCA de novembro ficou em 0,54% e como a expectativa é que os alimentos (alta de 0,56%) mantenham o mesmo ritmo de alta em dezembro, em torno de 0,50%, a gasolina será o grande vilão da inflação deste mês.
 
Outro impacto sobre a gasolina, diz Nunes dos Santos, foi o aumento do álcool --cujos preços ao consumidor avançaram de 0,94%. Mais caro, o produto influencia um quarto do preço final da gasolina.


 
Adriana Molinari, da Tendências Consultoria, vê no aumento do etanol a principal causa da maior pressão sobre a gasolina, algo que ocorre sempre no fim do ano por conta da entressafra da cana-de-açúcar.


 
Tanto a LCA como o Bradesco ressaltam, em relatório, outro foco de pressão da inflação: as passagens aéreas, que já subiram 6,52% e devem se manter pressionadas. Ambas as consultorias acreditam também num aumento de alimentos no mesmo ritmo de novembro.


 
O Bradesco prevê um IPCA de 0,68% em dezembro. Já a LCA estima uma taxa de 0,71%.



DIESEL


 
O diesel tem impacto pequeno aos preços ao consumidor. São poucos os automóveis particulares movidos a esse combustível. Eulina Nunes dos Santos diz, porém, que pode ocorrer um impacto indireto sobre os fretes, especialmente de alimentos.





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