Sorriso registrou 65 casos de AIDS desde o ano passado

Desde 2005, Sorriso teve 65 casos positivos de AIDS entregues pelo CTA - Centro de Testagem e Aconselhamento e 52 estão em acompanhamento permanente com a equipe multidisciplinar composta por médico, psicóloga e enfermeira.

A Secretaria Municipal de Saúde de Sorriso está fazendo um alerta para que todas as pessoas com dúvidas sobre se estão ou não infectadas pelo HIV, ou que se expuseram a situações de risco de infecção, realizem o teste sorológico anti-HIV. A AIDS foi identificada pela primeira vez no Brasil em 1982.

No ano passado a doença matou 3 milhões de pessoas em todo o país - mais de 8.000 por dia, e a doença hoje infecta 39 milhões. Em Sorriso, os exames são feitos no Centro de Testagem e Aconselhamento, que funciona no Centro de Especialidades Médicas. O exame é gratuito e confidencial. O CTA tem como objetivo realizar aconselhamento em pré e pós teste para HIV e hepatites virais, além de exames laboratoriais necessários, distribuição de medicamentos, trabalhos de orientação e prevenção a DST/AIDS nas escolas, empresas e bares.

Outra doença diagnosticada pelo CTA são as hepatites virais. No Brasil, o Ministério da Saúde estima que existam 3 milhões de pessoas infectadas pelo vírus da hepatite C (VHC). A estimativa é que do total de infectados quase 80% não sabem da infecção, e entre os que descobriram, mais de 40% não imaginam como contraíram a enfermidade, que pode ser transmitida através da transfusão de sangue, injeção não descartável, navalhas, alicates de unha, tatuagem, piercing, escova de dente e cortadores de barba compartilhados. A manifestação da hepatite C pode demorar de 20 a 30 anos e, quando isso ocorre, a maioria já está próximo da cirrose ou do câncer de fígado. Por isso, é tão importante o diagnóstico precoce.

O preconceito e a discriminação, que ainda imperam na sociedade em relação aos portadores de HIV/AIDS, afastam muitas pessoas da possibilidade e dos benefícios de um diagnóstico precoce da infecção, além de, em muitos casos, contribuir para a manutenção da cadeia de transmissão do vírus. Quanto mais cedo uma pessoa ficar sabendo se é portadora do vírus, mais chances ela tem para prevenir o aparecimento de doenças oportunistas, que configuram o quadro de aids.