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Internacional
Quinta - 21 de Setembro de 2006 às 11:00
Por: Isaac Bigio

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López Obrador proclamou-se presidente "paralelo" do México, em um comício onde declarou ter tido um milhão de "delegados". O México - que celebrou sua independência no sábado (16/09) - torna-se, assim, o único país americano com dois presidentes. Calderón receberá o reconhecimento oficial e internacional, mas López quer manter-se com o poder das ruas.

Luta armada

Uma situação de dois poderes não pode existir por muito tempo. Calderón deverá tentar isolar e dividir os partidários de López, minimizando seu movimento e tornando-o “ridículo”. Pode, inclusive, recorrer à luta armada.

López fala de desobediência civil do tipo Gandhi, mas se realmente quer ser presidente necessita armar seus seguidores ou conseguir apoio militar. No momento, sua estratégia consiste em sabotar o governo, tentando antecipar eleições.

A crise mexicana poderia complicar-se se Chávez e vários outros países "não alinhados" decidissem reconhecer López como presidente. Esta crise expressa o choque entre sistemas a favor do livre comércio (Calderón) e o nacionalismo (López Obrador).

Há de se levar em conta o fato de que o México saiu recentemente do unipartidismo, e o país não detém mecanismos como o segundo turno e outros recursos típicos de uma democracia multipartidária.

(*) O analista internacional e ex-professor da London School of Economics Isaac Bigio é peruano e especializado em América Latina. Assina uma coluna diária no jornal peruano Correo e escreve às terças e sextas para BR Press. Tradução: Angélica Resende/BR Press





Fonte: Analisis Global

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