Carne bovina puxa o crescimento da Economia de MT
A carne bovina também sustenta o resultado do complexo carne, que incluem suíno e frango, com alta de 81% na comparação entre o acumulado de janeiro a agosto de 2006 e 2005. O conjunto agrega US$ 333,046 milhões ante US$ 184,005 milhões no ano passado. As carnes de aves e suína registram retração na pauta dos principais produtos de Mato Grosso, com queda de 14,7% e 55,69%, respectivamente, desempenhos que podem ser atribuídos aos desdobramentos comerciais da gripe aviária e a embargos à carne suína.
O diretor do Sindicato dos Frigoríficos de Mato Grosso (Sindifrigo), Milton Belincanta, afirma que o boom nas exportações de carne bovina é explicado pelo fenômeno das vendas diretas do Estado em substituição ao mecanismo de exportações indiretas que se tinha anteriormente via São Paulo. Isso aconteceu após o decreto do embargo da União Européia à carne produzida naquele Estado com a descoberta de focos de febre aftosa.
As exportações de couro, açúcar e minerais também ganham maior expressividade e contribuem para a alta nas exportações do Estado. Em números absolutos o couro garante o lugar de destaque entre esses 3 itens, com US$ 50,270 milhões em vendas no acumulado de janeiro a agosto contra US$ 21,915 milhões no mesmo período de 2005.
Soja - O complexo soja aparece na lista com baixa de 0,66% nas exportações, com US$ 2,3 bilhões ante US$ 2,315 bilhões de janeiro a agosto de 2005. O assessor técnico do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Emerson Moura, afirma que o desempenho aquém ante o histórico do complexo é justificado pela instalação de novas esmagadoras na China, que ainda se mantém como o principal comprador da soja mato-grossense.
O freio que barra uma queda mais expressiva é a comercialização da soja em grãos, com US$ 1,741 bilhão no acumulado até agosto contra US$ 1,545 bilhão no ano passado, saldo 12,67% superior. Os derivados farelo, óleo e lecitina apresentam recuo nas vendas entre 18% e 49%. Outros 4 itens de destaque na pauta de Mato Grosso também fecharam o período de janeiro a agosto no vermelho: algodão, madeira, arroz e milho. A maior redução é verificada no balanço de vendas do milho, com queda de 57,59%.
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