Polícia faz "varredura" em sucatão e apreende objetos

Policiais do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc), Verdão, apreenderam diversos materiais durante uma diligência realizada no Sucatão Corujo, localizado no bairro Cidade Alta, em Cuiabá, na manhã de ontem. A Polícia Civil realizou a ação porque investiga os crimes de roubo e receptação de hidrômetros (medidores de água) na capital mato-grossense. Cada um desses materiais é avaliado entre R$ 60 e R$ 80 e por serem fabricados com cobre viraram "alvos" de bandidos. Nos últimos 6 meses, de acordo com o o delegado titular do Cisc Verdão, Douglas Turíbio, 100 boletins de ocorrências foram registrados na unidade policial deste tipo de crime.

Trabalho - No decorrer das investigações a Polícia Civil descobriu que peças dos medidores poderiam estar sendo comercializadas em sucatões espalhados pela cidade. Turíbio pediu e a juíza da 6ª Vara Criminal, Suzana Guimarães Ribeiro, expediu mandado de busca e apreensão. Pelo menos 20 investigadores e 4 delegados participaram da ação. Por cerca de uma hora o barracão onde funciona a empresa Corujo foi mantido fechado para que a polícia vasculhasse o local. O delegado Turíbio informou que localizou peças de computadores (HDs), monitores, no galpão. O material foi apreendido porque não se localizou nota fiscal que comprovasse que todo aquele produto, de fato, foi descartado. Dezenas de peças de hidrômetros também foram encontradas. O grande problema é que boa parte delas já havia sido esmagada. A Polícia Civil informou que procurou pelas empresas responsáveis pelos departamentos de água e esgoto de Cuiabá e Várzea Grande e recebeu dicas sobre como identificar materiais instalados pela prefeitura. Em Cuiabá, a Sanecap aplicou a cor verde nos medidores. O dono da empresa, que permaneceu no local, não quis fazer declarações à imprensa.

Peças de hidrômetros e de computadores foram apreendidas e encaminhadas para delegacia. O dono do estabelecimento também foi levado para a unidade policial para prestar esclarecimentos. Se a polícia comprovar que ali existem produtos provenientes de roubos ou furtos ele poderá ser indiciado pelo crime de receptação.