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Economia
Quarta - 20 de Setembro de 2006 às 21:39

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“É importante que o produtor rural esteja sempre em busca de informação, pois uma boa colheita é resultado de um bom plantio, feito na hora certa e de forma correta”. A afirmação é do presidente da Associação Amigos da Terra – CAT Sorriso, Darcy Getúlio Ferrarin, que na abertura do Giro no Campo Inovações Tecnológicas, realizada na Associação Comercial e Empresarial de Sorriso (ACES), incentivou produtores, técnicos e estudantes a buscarem informações de forma permanente, já que a qualidade das lavouras depende desse fator.

O secretário municipal de Agricultura, Sardi Trevisol, que na ocasião representou o prefeito em exercício Luiz Carlos Nardi, destacou a necessidade de discutir a pesquisa em tecnologia. “Precisamos agregar valor ao produto e acompanhar o avanço tecnológico”, disse ele.

Valmor Volpato, presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Sorriso (AEAS), ao agradecer os participantes falou sobre a importância da presença dos produtores e profissionais da área em eventos como esse.

Os palestrantes do evento, Plínio Pacheco Pinheiro, de Carazinho (RS), Ivo Stroeher, de Cuiabá (MT), e Hamilton Humberto Ramos, de São Paulo (SP), apresentaram palestras e orientaram os participantes na prática, em dia de campo promovido na Fazenda Santa Maria da Amazônia.

Entre os temas abordados durante o evento está Operação de Semeadoras. Segundo o especialista em Mecanização Agrícola, professor da Escola Agrotécnica de Carazinho e do Instituto do Senar no Resul, Plinio Pacheco Pinheiro, a semeadura é o ponto de partida de todo um processo.

“Nesta etapa o solo já está preparado em relação a fertilidade e cobertura.

Qualquer detalhe que não for observado pode comprometer o que já foi feito”, disse ele, ao completar: “Esse é o processo mais importante na agricultura, o momento que exige maior dedicação de quem é produtor e daquele que faz o serviço.

O operador deve conhecer todos os equipamentos utilizados, a tecnologia de plantio, pois essa prática é sem dúvida determinante. A máquina deve estar em boas condições, tendo manutenção e regulagem em dia”.

Para Pacheco, o produtor de Mato Grosso já conscientizou-se da necessidade de buscar conhecimento. “Não são todas as regiões que tem a mesma consciência”, lembrou.

Os cuidados que devemos ter na aplicação dos agroquímicos foi outro tema apresentado durante o Giro no Campo pelo engenheiro agrônomo Ivo Stroher, que tem 30 anos de experiência em Tecnologia na Aplicação de Defensivos.

“O produtor pode reduzir os seus custos, aproveitando os investimentos que faz no uso dos agroquímicos”, salientou o palestrante, que acredita que no estado de MT a participação dos produtores e profissionais em eventos tem acompanhado o desenvolvimento tecnológico.

Na opinião do engenheiro agrônomo, é importante reunir teoria e prática. “Da prática se cria a teoria, e da teoria se especializa para ter o melhor aproveitamento naquilo que pode ser realizado na prática”, observou Stroher, que também falou sobre os cuidados na aplicação.

“O estado tem alguns aspectos favoráveis para o momento da aplicação dos agroquímicos que são temperatura, umidade e vento. Apesar do período de chuvas, que por apresentar períodos com pouca luminosidade pode prejudicar a produtividade, em geral as condições climáticas são positivas”.

Hamiltom Humberto Ramos, engenheiro agrônomo, mestre e doutor em Produção Vegetal e pesquisador, orientou os participantes para o tratamento fitossanitário. “Não basta preocupar-se somente com um fator, como o tipo de máquina ou produto, pois são vários fatores que interferem e o conjunto deles é que permitirá o sucesso ou não da operação.

Tudo deve ser observado, porque a não observação de um fator pode comprometer todo o processo. Além de perder o controle sobre a situação, pode ser desperdiçado produto, sendo necessária mais pulverização, o que acaba onerando o custo de produção, reduzindo a margem de lucro e conseqüentemente a rentabilidade da cultura”.

A agricultura, disse ele, é uma sucessão de atividades, e você deve desempenhar cada uma no seu tempo buscando o máximo de qualidade. “Tentamos trazer a teoria de uma forma prática. Trabalhando adequadamente o sistema de aplicação de defensivos se consegue reduções de 30 a 60% no custo”, afirmou Hamilton Ramos, que em todas as explicações fez questão de apontar a preocupação que deve existir com relação a qualidade em todas as operações.

O estudante Jeferson Brambilla, do 4º semestre de Agronomia da UNEMAT de Alta Floresta, ao avaliar o evento falou sobre a importância das demonstrações práticas, que complementam e são imprescindíveis para o aproveitamento das teorias em sua totalidade.

Depois das aulas práticas participantes do evento conheceram a Vitrine de Tecnologias, projeto de recuperação de áreas degradadas que integra as ações do projeto de Educação Ambiental Sorriso Vivo, promovido pelo CAT Sorriso e seus parceiros.

O Giro no Campo foi promovido pelo CAT Sorriso, com o apoio da Prefeitura Municipal de Sorriso, Secretaria Municipal de Agricultura, Sindicato Rural, AEAS, ANDEF, Arpas, Famato, Aprosoja, Senar, Facual e APDC. Foram patrocinadores do evento a ADM do Brasil, Agroverde, Fiagril, Kepler Weber, Dow AgroSciences, Calcário Itaú, Monsanto do Brasil, TRR Rio Claro Diesel, SICREDI, Mosaic, AD-Protec e Cheminova, Manah e Bunge.





Fonte: 24HorasNews

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