Governo esvazia penitenciária de Araraquara para reforma

Terminou nesta quarta-feira a transferência de presos da penitenciária de Araraquara (273 km a noroeste de São Paulo) para reformas na unidade, destruída desde uma rebelião em 16 de junho. O último "bonde", como os presos chamam as transferências, levou 132 detentos para várias unidades do Estado.

Os dois motins deixaram a penitenciária totalmente destruída. Durante o período antes das reformas, cerca de 1.400 presos ficaram confinados em dos pátio do anexo. As portas foram lacradas com solda e a comida e os remédios dos presos eram jogadas por cima da muralha. Presos que tinham que sair do local chegaram a ser içados por corda.

A situação ficou tão grave na unidade que a Justiça obrigou a secretaria a transferir os presos. O processo de retirada dos presos havia sido interrompido pela SAP (Secretaria da Administração Penitenciária), mas foi retomado há duas semanas.

A reforma, que começou em 9 de setembro deve custar R$ 16 milhões aos cofres públicos e deve terminar em 180 dias a partir do início.

Itirapina

A penitenciária de Itirapina (213 km a noroeste de São Paulo), que também foi destruída em rebeliões nas mesmas datas, está em reforma desde 31 de julho, mas os 880 presos permanecem na unidade.