Prefeito vai depor sobre suposto mensalinho em Guarujá

O prefeito de Guarujá, Farid Said Madi (PDT), será intimado pelo delegado seccional Elpídio Ferrarezi para depor sobre o suposto caso de mensalinho na Câmara de Vereadores da cidade paulista. A data do depoimento ainda não foi agendada, mas deve ocorrer no final das investigações.

Já nesta quarta-feira, serão ouvidos no Palácio da Polícia, em Santos, a partir das 15h três funcionários da Câmara. Para as 17h também desta quarta está marcado o depoimento do secretário municipal de Governo, Antônio Addis Filho, que está sendo acusado de ser o mentor da distribuição de verbas "ilícitas".

De acordo com Ferrarezi, os depoimentos do prefeito e do seu secretário são necessários porque os seus respectivos nomes foram citados durante a gravação anônima de uma fita de TV que flagrou a distribuição de dinheiro, no gabinete do então presidente do Legislativo, Gilson Salgado (PMDB). Os vereadores já prestaram depoimento, mas até o momento não foi dada nenhuma prova documental que justificasse a distribuição do dinheiro.

De acordo com o delegado, os delitos que estão sendo investigados são de corrupção passiva, corrupção ativa e formação de quadrilha - artigos 317, 333 e 288 do Código Penal.O inquérito policial deve estar pronto em até 30 dias para ser entregue ao Ministério Público. A esposa do prefeito, Haifa Madi, é candidata à deputada estadual por Guarujá.

Quebra de sigilo bancário A autoridade policial também pediu à Justiça a quebra do sigilo bancário do ex-presidente do Legislativo, Gilson Fidalgo Salgado (PMDB), e dos vereadores que aparecem na fita de vídeo recebendo dinheiro. São eles: Marcos Evandro Ferreira e Mário Lúcio da Conceição (ambos do PSB), Honorato Tardelli Filho (sem partido), Nilson de Oliveira Fontes (PMDB) e Joaci Cidade Alves (PTB). O prefeito Farid e o secretário Antônio Addis não terão os sigilos bancários quebrados.