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Tecnologia
Quarta - 20 de Setembro de 2006 às 09:05

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A polícia italiana prendeu 20 pessoas nesta quarta-feira envolvidas em suspeita de grampo telefônico na Telecom Italia, informaram fontes próximas das investigações e jurídicas, em meio a duros conflitos sobre o futuro do maior grupo de telecomunicações da Itália.

As prisões foram anunciadas depois que o novo chairman da Telecom Italia, Guido Rossi, reuniu-se com reguladores do setor de telecomunicações para discutir uma mudança de estratégia, que desencadeou atritos entre a quarta maior companhia da Itália e o governo italiano de centro-esquerda.

A polícia prendeu um antigo executivo da Telecom Italia, bem como autoridades públicas em Milão, Florença, Prato, Turim, Novara e Como, disseram uma fonte próxima das investigações e uma outra jurídica que pediram à Reuters para não serem identificadas.

Entre os presos estava Pierguido Iezzi, chefe de segurança da Pirelli, e o antigo chefe de segurança da Telecom Italia, Giuliano Tavaroli, acrescentaram as fontes.

Os advogados de ambos não foram imediatamente encontrados para falar sobre o assunto. A Pirelli, que controla a Olimpia, acionista-chave da Telecom Italia, preferiu não comentar o caso.

Rossi, que assumiu como chairman na semana passada, não quis comentar as prisões após reunião com reguladores em Roma. Em agosto, o grupo afirmou que não tinha feito nada de errado.

A promotoria pública de Milão está investigando suspeitas de corrupção de autoridades públicas e de escutas telefônicas ilegais para a obtenção de informações. Promotores de Roma, Nápoles e Turim abriram investigações paralelas.

Os atritos entre a Telecom Italia e o governo levou à renúncia do chairman do grupo e de um assistente do primeiro-ministro italiano Romano Prodi, e colocou Prodi na defensiva política.

Os conflitos começaram na semana passada, depois que a Telecom Italia anunciou intenção de dividir suas operações com redes e sua telefonia móvel, em medida que fontes próximas da operação dizem que precede a venda da TIM, valorizada em cerca de 30 bilhões de euros (37,98 bilhões de dólares).

O governo se opôs à venda do último grupo de telefonia móvel controlado por italianos do país, criticou o acionista controlador da Telecom Italia, Marco Tronchetti Provera, que renunciou abruptamente ao cargo de chairman da companhia.





Fonte: Reuters

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