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Quarta - 20 de Setembro de 2006 às 07:29

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Os estoques de plasma no Brasil, destinados à produção de hemoderivados como imunoglobulina, albumina e os fatores de coagulação 8 e 9, estão prestes a passar do prazo de validade. De acordo com a coordenadora de Política Nacional de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Eliana Cardoso Vieira, a situação está preocupando os especialistas. "Isso tem tirado nosso sono. Mas queremos tomar todo cuidado para estabelecer as condições que deverá ter a fábrica escolhida para usar o nosso plasma", disse.

De acordo com Eliana, a expectativa do governo é que até o fim do mês o edital com as condições de segurança para fracionamento do plasma seja publicado e, a partir disso, será escolhida uma fábrica para realizar o fracionamento dos hemoderivados.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a lei não permite que o plasma seja jogado no lixo, por ser bem da Nação, um produto do sangue. "Estamos no limite de armazenamento e preocupados com o que será feito com o material, principalmente os lotes mais antigos", diz Dante Langhi Júnior, diretor da Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia.

O governo já solicitou, pela terceira vez, a renovação do contrato para armazenar o plasma, de acordo com George Crivoi, da diretoria de administração do Hemocentro de São Paulo. Só em 2006, o País vai gastar R$ 244 milhões na importação de seis tipos de derivados.

O plasma tem validade de cinco anos, mas já começa a perder a qualidade depois de um ano, pelo menos. "Com um ano e bem acondicionado, passa a servir para a extração de albumina", explicou Rogério Bassit, hematologista da Fundação Pró-Sangue, em São Paulo. A albumina, um dos poucos derivados estáveis do plasma, é uma proteína usada em casos graves de desnutrição ou de algumas doenças dos rins e do fígado.





Fonte: Terra

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