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Internacional
Quarta - 20 de Setembro de 2006 às 02:48

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O primeiro-ministro da Tailândia, Thaksin Shinawatra, deposto ontem à noite por um golpe militar, pode deixar Nova York nas próximas horas com destino ao exílio em Londres, onde possui uma luxuosa propriedade, segundo fontes citadas pelo jornal tailandês "The Nation".

As fontes, não identificadas pelo jornal, informaram que Thaksin se reuniria a sua família na capital britânica. Mas ainda não está claro se o primeiro-ministro desistiu de recuperar o poder.

Tom Kruesopon, membro do partido de Shinawatra, negou que ele vá se exilar e disse que a viagem a Londres deve ser só uma escala.

Shinawatra, que participava da Assembléia Geral das Nações Unidas em Nova York, cancelou o seu discurso e foi para o seu hotel, onde declarou o estado de emergência, numa vã tentativa de enfrentar os planos dos militares.

Sua mulher, Pojaman Shinawatra, tinha viajado a Cingapura antes da tomada de poder pelos militares. Pouco depois o único filho homem do casal saiu do país também, segundo "The Nation", que não soube dizer onde estão as duas filhas do primeiro-ministro. Uma delas estuda em Londres, e a outra, na Tailândia.

Um importante membro da comissão executiva do Thai Rak Thai ("Tailandeses Amam a Tailândia", o partido de Shinawatra), que pediu o anonimato por motivos de segurança, tinha dito à Efe que o primeiro-ministro "decidirá nas próximas" se vai a Bangcoc.

Os golpistas acusaram Shinawatra, um ex-oficial de Polícia e multimilionário, de corrupção, deslealdade à Coroa e de perverter as instituições democráticas.

Shinawatra dispõe do avião oficial, que usa na maior parte de seus deslocamentos.

Em Nova York também estão o vice-primeiro-ministro, Surakiart Sathirathai, candidato tailandês à secretária-geral das Nações Unidas, e o ministro de Relações Exteriores, Kanthati Suphamongkhon.

Os golpistas detiveram o ministro da Justiça e vice-primeiro-ministro, general Chidchai Vanasadtiya, além do secretário do escritório de Thaksin, Prommin Lertsuridej, e um cunhado do primeiro-ministro que é secretário permanente do Ministério da Justiça, Somchai Wongsawat.




Fonte: Agência EFE

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