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Educação/Vestibular
Quarta - 20 de Setembro de 2006 às 02:04

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O som vem de latas de tinta e vasilhames de detergente, utilizados como instrumentos para fazer a batucada, estilo o grupo baiano Olodum. Para completar a melodia, as latas de refrigerante servem para fazer o som do chocalho. Esse é grupo “Timabalata”, composto por 80 alunos, da Escola Estadual “Lucinda Facchini”, localizada no município de Diamantino (a 209 km de Cuiabá).

Para conseguir os materiais, os alunos vão a supermercados ou buscam no lixo. Os objetos são encapados com papeis e pintados. Depois é só ensaiar e ver o resultado nas apresentações. “A dificuldade não é o material é juntar o grupo e mantê-lo. Boa vontade não falta, o que falta é incentivo, isso desestimula o grupo a continuar. Por isso estou sempre passando uma mensagem positiva para eles”, disse a coordenadora do projeto, Célia Bárbara.

Desde quando foi criado em 2002, os alunos já realizaram inúmeras apresentações em todo Estado. Isso possibilitou a maioria deles a oportunidade de conhecer outros municípios, inclusive Cuiabá. “Tem crianças que nunca tinham saído de Diamantino, com o Timbalata já conhecemos muitos lugares, inclusive Cuiabá e as belezas de Chapada dos Guimarães”, disse a aluna, Evelyn Campos Almeida, de 11 anos, e que há 4 anos é integrante do grupo.

Mesmo tendo mudado de escola, o aluno Júlio Alves da Costa, de 15 anos, não abandonou o grupo. Hoje, ele é o regente do “Timbalata”. “Procuramos sempre melhorar a cada dia, para isso incentivo os mais novos a continuar, por que temos um objetivo que é divulgar o nosso trabalho na janela do mundo: a televisão, em nível nacional”, destacou.

Na última quinta-feira (14.09), em mais uma apresentação, os alunos do “Timbalata” emocionaram na abertura da Formação Continuada em Educação Ambiental, realizada no pólo de Diamantino. No final da apresentação, Célia expressou alegria de mais uma exibição do grupo.

“Quando a gente investe nas crianças e nos jovens o resultado é sempre muito bom. Sabemos das dificuldades, que existem leis voltadas para atender essa geração, mas que elas não são respeitadas. Mesmo assim, continuamos porque temos esperança de realizar o nosso sonho”, finalizou a coordenadora do projeto.




Fonte: Redação

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