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Economia
Terça - 19 de Setembro de 2006 às 23:25

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O mercado da pecuária está em alta, em Mato Grosso. O preço da desmama fêmea foi o que apresentou maior variação nos índices apurados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea), da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), no Boletim da Pecuária, na última quinzena. O valor da fêmea, com até 12 meses, subiu 16,66%, a cotação passou de R$ 180,00 para R$ 210,00, no Estado. O preço da desmama macho também aumentou, mas a variação foi menor, 13,08%, passou de R$ 268,00 por cabeça para R$ 305,00 por cabeça.

Seguindo a mesma tendência, garrotes e novilhas, com até 24 meses, tiveram uma boa valorização no período avaliado pelo Instituto, A alta no preço do garrote foi de 16,61%, assim, a cotação subiu de R$ 386,33 para 463,33. Para a novilha, de dois anos, o aumento foi de 15,08%. Quanto ao boi gordo, o levantamento do Imea aponta uma variação na cotação da arroba, em áreas habilitadas para exportação, de 5,5%, na primeira quinzena de setembro em relação à última quinzena de agosto. De janeiro a setembro, o índice acumulado do aumento da arroba do boi gordo chega a 13,74%.

Em contra-partida à evolução de preços na comercialização do rebanho, o pecuarista mato-grossense gastou mais para produzir, nos últimos seis meses do ano. O índice de aumento do Custo Operacional Efetivo da Pecuária de Corte, calculado pelo CEPEA/Esalq, foi de 5,88%. A variação é maior do que a média brasileira registrada de 5,65%. O Boletim da Pecuária, está disponível no menu da página da Famato, na opção Imea.

O mercado da arroba do boi gordo continua com tendência ascendente de preços na primeira quinzena do mês de setembro. Nas duas últimas semanas, a arroba subiu, em média, 5,5% nas regiões habilitadas a exportação para a União Européia, que compreende os municípios de Pedra Preta, Barra do Garças, Cuiabá, Paranatinga, Tangará da Serra, Araputanga, Pontes de Lacerda, Canarana e São José dos Quatro Marcos, e 7% nas áreas não habilitadas, que compreende os frigoríficos dos municípios de Vila Rica, Cáceres, Juína, Juara, Sinop, Colíder, Alta Floresta, Barra do Garças, Cuiabá e Matupá.

O mercado do gado de reposição, acompanhando a arroba do boi gordo, obteve aumento, na primeira quinzena deste mês, se comparado ao mês anterior, a média da matriz prenha apresentou um aumento este mês de 10,70%, passando de R$ 417,02 por cabeça para R$ 461,67 por cabeça. O boi magro obteve um aumento de 7,69%, de R$ 487,50 por cabeça para R$ 525,00 por cabeça.

Desmama macho obteve aumento de 13,08%, passando de R$ 268,00 por cabeça para R$ 305,00 por cabeça, e para desmama fêmea o aumento foi de R$ 30,00 por cabeça, alta de R$ 16,66%.

Para garrote de até 24 meses o aumento foi maior do que para novilha de 24 meses, alta de 16,61%, passando de R$ 386,33 por cabeça para R$ 463,33 por cabeça. Para novilha de 24 meses o aumento foi de 15,08%.

O mercado de cortes de carnes também apresentou um leve aumento nas cotações comparado ao mês anterior. No atacado, os preços do dianteiro e traseiro com osso e o traseiro sem osso e a ponta de agulha da vaca subiram R$ 0,20 por quilo, no município de Cuiabá.

No mercado de exportações, a evolução dos preços da carne "in natura" no mercado internacional tem beneficiado as exportações brasileiras de carnes. Os preços médios atingiram em agosto US$ 2.554,00 por tonelada, alta de 13,67% sobre agosto do ano passado, quando os preços praticados eram de US$ 2.246,88 por toneladas, conforme divulgado pela Abiec (Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carnes),

Apesar da recuperação da arroba do boi gordo nesse segundo semestre do ano, que nada mais é do que a tendência natural do ciclo, visto que estamos no período da entressafra, o custo da pecuária de corte continua apresentando elevações.

O Custo Operacional Efetivo da Pecuária de Corte, calculado pelo CEPEA/Esalq, apresentou variação positiva de 5,88% para o estado de Mato grosso, no primeiro semestre deste ano. Na média brasileira, que representa os nove maiores estados produtores de carne, o aumento do Custo foi na ordem de 5,65%.

As escalas para abate, que contemplavam os 23 frigoríficos SIF no estado de Mato Grosso, fecharam o mês de agosto com média de 6,27 dias. Na primeira quinzena do mês de setembro, período em que passou a ser considerado mais 2 frigoríficos SIF (Cuiabá e Colíder), a média foi de 6,06 dias para abate, a menor média dos últimos 9 meses.





Fonte: 24HorasNews

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