Feira do mercado fonográfico homenageia Brasil em Berlim
Capitaneado pelo ministro da Cultura Gilberto Gil, o Brasil ocupa o posto de país homenageado em uma das feiras mais importantes do setor, que deve receber 15 mil profissionais visitantes e da qual participam este ano oitocentos expositores de 48 países.
Sob o slogan "Música do Brasil", mais de 40 empresas fonográficas brasileiras e mais de 100 artistas de quinze estados do país estarão presentes na Popkomm. O Brasil apresentará na feira "sua diversidade musical", como explicou Erlon José Paschoal, coordenador do projeto "Copa da Cultura" do Ministério da Cultura. Ele acredita que o país poderá conseguir com a música o que não alcançou com o futebol: ser campeão mundial na Alemanha.
"Para o Brasil, estar na Popkomm tem uma importância estratégica, já que para nós a música é uma das áreas culturais mais importantes, pois produzimos muito e com qualidade", explicou Paschoal.
"Nossa maior riqueza está na área musical, ainda que naturalmente nós também produzamos cinema, literatura e teatro, entre outros.
Através da música, podemos abrir portas no mundo para mostrar nossos produtos culturais", acrescentou o coordenador da "Copa da Cultura".
Paschoal assegurou que a música brasileira tem "potencial para desenvolvimento econômico".
"Ela é nossa grande criação", afirmou.
Segundo Paschoal, o fato de ter um músico como Gilberto Gil no ministério da Cultura também ajuda a promoção da música brasileira no exterior, pois é "um grande artista e tem visões de futuro que poucos administradores têm".
O desembarque brasileiro começa esta noite com a apresentação de Yamandú Costa, Armandinho, Naná Vasconcelos, Raul de Souza e Marcos Ariel na Kulturbrauerei, uma antiga fábrica de cerveja transformada em centro cultural.
A diversidade musical regional do Brasil estará representada por Mauricio Tizumba, Cabruera, Carlos Malta e a banda Pife Muderno, Mawaca, Eduardo Gudin e Notícias dum Brasil.
O Brasil mais global abrirá ainda mais portas na Europa com as apresentações do Clube do Balanço, Wado, Maria Alcina e Bojo, Fabiana Cozza e Chico César e Badi Assad, enquanto a música eletrônica brasileira tentará conquistar o coração de Berlim com BNegão e os Seletores de Frequência, BossaCucaNova e Marcelinho da Lua, Cidadão Instigado, Katia B e Sonic Junior.
Mas a Popkomm não dançará apenas ao ritmo brasileiro. Cerca de 2 mil músicos de 27 países farão 400 apresentações ao vivo em 30 pontos de Berlim, anunciou hoje em entrevista coletiva Ralf Kleinhenz, gerente da feira.
Empresas fonográficas pequenas e médias estarão presentes na Popkomm ap lado de gigantes como Warner Music Group, Universal Music e, pela primeira vez, Sony-BMG.
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