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Internacional
Terça - 19 de Setembro de 2006 às 08:02

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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Kofi Annan, avisou que líderes iraquianos e a comunidade internacional devem tomar "medidas urgentes" ou correr o risco de ver o Iraque entrar em uma guerra civil em grande escala.

O alerta foi feito na sede da ONU, em Nova York, enquanto líderes mundiais chegavam à cidade para a Assembléia Geral da organização que se reúne nesta terça-feira.

Falando para um plenário que incluía o presidente iraquiano, Jalal Talabani, e a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, Annan afirmou que o Iraque e seus líderes estão em uma importante encruzilhada.

"Se eles conseguirem lidar com as necessidades e interesses comuns de todos os iraquianos, a promessa de paz e prosperidade ainda pode ser alcançada."

"Mas se os padrões atuais de estranhamento e violência persistirem por mais tempo, há um grave perigo de que o Iraque entre em colapso, possivelmente em meio a uma guerra civil em grande escala", disse Annan.

Controvérsia

Nos meses finais de seu mandato como secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan adotou uma postura mais dura sobre a situação no Iraque, segundo o correspondente da BBC em Nova York Mike Wooldridge.

Na semana passada, Annan disse ter ouvido de líderes do Oriente Médio que a invasão liderada pelos Estados Unidos havia sido um desastre e desestabilizado a região.

Nesta terça, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, deve defender sua controversa política para a região na assembléia geral da ONU.

Líderes do Irã, França, África do Sul e Paquistão também devem fazer discursos durante a assembléia.

Além da situação no Iraque e no Líbano e da questão nuclear com o Irã, a crise humanitária em Darfur, no Sudão, também será um assunto central durante o encontro.

O correspondente para assuntos internacionais da BBC Jonathan Marcus acredita que o assunto levanta questões sobre a eficiência e relevância da ONU como instituição.

O Conselho de Segurança chegou a aprovar o envio de forças de paz à região para proteger civis, mas enfrenta a resistência do governo sudanês, que se recusa a permitir que as tropas da ONU entrem no país.





Fonte: BBC Brasil

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