Malásia aceita explicações do Papa
"Penso que podemos aceitar a sua explicação e esperamos que não surjam mais declarações irritantes para os muçulmanos", disse o governante malaio, cujo país preside a Organização da Conferência Islâmica (OCI).
Abdullah Badawi se encontra em Nova York, onde vai assistir à Assembléia Geral da ONU. No domingo, em Havana, o seu ministro de Relações Exteriores, Syed Hamid Albar, havia chamado de "inadequada" a explicação do Pontífice, exigindo um pedido de desculpas e uma retratação.
Bento XVI anunciou no domingo sua "preocupação" por suas palavras terem sido mal interpretadas e garantiu que não faltou com o respeito à fé islâmica.
No discurso de 12 de setembro, em Regensburg (Alemanha), o Papa citou um diálogo do século XIV entre o imperador bizantino Manuel II Paleólogo e um erudito persa, no qual há palavras consideradas críticas a Maomé.
O imperador pede a seu interlocutor que lhe mostre algo que o mundo devesse a Maomé e responde ele mesmo que só encontraria coisas "más e desumanas, como sua ordem de divulgar, usando a espada, a fé que pregava".
O novo secretário de Estado do Vaticano, Tarcisio Bertone, esclareceu que o Pontífice recorreu à passagem como "uma oportunidade para desenvolver, num contexto acadêmico", algumas reflexões para concluir "com uma clara e radical rejeição da motivação religiosa da violência, venha de onde vier".
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